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Cotidiano Sábado, 16 de Março de 2019, 08:13 - A | A

Sábado, 16 de Março de 2019, 08h:13 - A | A

CONTRA A REFORMA

Educadores de Dourados aderem à Paralisação Nacional na próxima semana

Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação confirmou a ação no dia 22 na praça Antônio João

Renato Giansante
De Dourados para Capital News

Simted/Dourados

Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação confirmou a ação no dia 22 na praça Antônio João

Profissionais da educação debateram a Reforma da Previdência durante assembleia no Simted

Os trabalhadores em educação de Dourados votaram e aprovaram nesta quinta-feira (14) a adesão à paralisação nacional contra a Reforma da Previdência convocadas pelas centrais sindicais para a próxima semana. A confirmação aconteceu durante assembleia no Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados (Simted).

 

De acordo com o sindicato, os educadores das redes Municipal e Estadual de Dourados farão um movimento com outras categorias a partir das 8 horas do dia 22, na Praça Antônio João.

 

Na avaliação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 06/2019) que o governo do presidente Jair Bolsonaro entregou ao Congresso Nacional é considerada pior que a de Michel Temer, dificultando o acesso e reduzindo o valor dos benefícios ao estabelecer a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para os homens, 62 para as mulheres e aumentando o tempo de contribuição de 15 para 20 anos, além de retirar da Constituição o sistema de Seguridade Social brasileiro.

 

Ainda segundo a CNTE, para os professores e as professoras em efetivo exercício na educação básica as regras para os futuros docentes (redes públicas e privada) exigirão 60 anos de idade e 30 anos de contribuição, para ambos os sexos. Já a regra de transição para os atuais professores do nível básico em efetivo exercício foi piorada, exigindo-se, por exemplo, no caso dos servidores públicos, a idade mínima de 60 anos (ambos os sexos) para se obter a integralidade dos proventos, aos que ingressaram até o dia 31 de dezembro de 2003. Para todos os demais, inclusive aqueles que ingressaram na data supracitada, mas que não alcançarem 60 anos de idade, valerá a regra geral de 60% do total da média remuneratória, a partir dos 20 anos de contribuição, acrescido de 2% a cada ano adicional, podendo totalizar 100% da remuneração aos 40 anos de contribuição.

 

Tal como apontado nas análises anteriores da CNTE, a equiparação de idade para os docentes da educação básica não corresponde ao histórico compromisso do Estado brasileiro em reconhecer as peculiaridades da profissão, especialmente o desgaste físico e emocional das professoras que compreendem cerca de 80% da categoria. E a CNTE relata que atuará fortemente no Congresso Nacional para reverter o que chama de “verdadeira perseguição” aos docentes do país.

 

Na capital

 

Em Campo Grande, trabalhadores realizarão ato na Praça do Rádio Clube, às 9 horas.

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