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Cotidiano Segunda-feira, 23 de Novembro de 2015, 09:17 - A | A

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Corpo de Bombeiros

Pelo telefone, Bombeiros salvam duas crianças em Dourados neste mês

Casos aconteceram em novembro e orientação do atendente foi fundamental para desfechos felizes

Rogério Vidmantas
De Dourados para o Capital News

Arquivo Pessoal/Rogério Vidmantas

Pelo telefone, Bombeiros salvam duas crianças em Dourados neste mês

Cabo Eden segura Leonardo Davi em visita à família da equipe que o atendeu

Os pequenos Leonardo Davi e Sophia, que completaram um mês de vida, não possuíam nenhuma ligação em comum até serem personagens de casos que certamente marcaram suas famílias. As duas crianças foram salvas pelo atendimento do Corpo de Bombeiros em ligações telefônicas dos seus responsáveis em casos de engasgamento neste mês de novembro.


O primeiro caso aconteceu no início do mês com Leonardo, que no dia tinha apenas 26 dias e estava sob os cuidados de sua mãe e avó. Esta acionou o Corpo de Bombeiros através do telefone 193 e falou que o bebê engasgou e não estaria respirando. “A avó estava em pânico total, dizendo ‘ele não está respirando’. Então, primeiro tive que tranquiliza-la e ela foi me contando o que aconteceu”, contou o cabo Eden Nascimento da Silva à Fabiane Dorta, do site Dourados News. Segundo Eden, ouvia-se a mãe, ao fundo, desesperada. 


O bombeiro procurou acalmar a avó e explicar o procedimento para reanimar o bebê, que, segundo ela, já estava ficando “roxinho”. Ele disse para colocar o bebê de bruços na região da coxa e dar cinco palmadas nas costas entre os ombros. O procedimento foi repetido até bebê começar a reagir, deixando o leite sair. Enquanto Eden passava os procedimentos pelo telefone, uma equipe dos bombeiros já estava se deslocando até a casa. A equipe levou em torno de cinco minutos para chegar, mas a criança já estava estabilizada.


Após as coisas se acalmarem, Eden foi visitar Leonardo e foi recebido pela mãe e pela avó da criança. Apesar de afirmar que os bombeiros estão preparados para atender situações como essa, o oficial se emocionou ao ouvir a mãe dizendo que é um milagre a criança estar viva.  “A gente acaba envolvido emocionalmente porque fica imaginando que poderia ser um filho da gente”, explica.


O segundo caso do mês aconteceu na noite da última sexta-feira (20) com a pequena Sophia e foi semelhante ao anterior. Segundo a mãe, Valeria Sedlacek, 38 anos, a menina estava deitada de lado para arrotar, porém acabou engasgando com o refluxo e parou de respirar. Ela então chamou o marido, Euclides, 35, que imediatamente iniciou os procedimentos indicados na criança, enquanto a mãe ligava para o Corpo de Bombeiros. 


O chamado foi atendido pelo sargento Ocleir dos Santos Lima, que seguiu imediatamente para a casa da família e passou o telefone para o sargento Uilsom Miguel do Nascimento que seguiu realizando o procedimento. “Ela estava desesperada, chorando muito e contando que o marido estava com o bebê nos braços. Disse que ele estava com ela na coxa, porém não estava reagindo. Continuei orientando o que o marido precisava fazer e eles foram fazendo isso”, contou Nascimento.


Quando a viatura chegou, Sophia já respirava e, mesmo assim, foi levada ao Hospital Universitária onde exames constataram que a criança estava em boas condições, mas o médico explicou à mãe que o atendimento dos bombeiros foi fundamental para que tudo terminasse bem. “A gente fica satisfeito em saber que salvou uma vida com nosso trabalho”, disse o sargento.


A orientação para pais que passam por essa situação é imediatamente ligar para o Corpo de Bombeiros através do telefone de emergência 193 e realizar o que é pedido pelo órgão, até que a viatura é deslocada. Esse trabalho realizado pelos radioperadores e as informações solicitadas, contribuem para que o socorro seja mais efetivo.



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