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Wilson Witzel ameaçou prender o candidato adversário. Paes respondeu que a 'carteirada' do ex-juiz 'não vai funcionar'
Na disputa em segundo turno pelo governo do Rio, o ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC), que acusa Eduardo Paes (DEM) de disseminar "fake news" contra ele, ameaçou dar voz de prisão ao adversário caso faça alguma acusação inverídica no debate. À imprensa, o ex-prefeito do Rio afirmou que seu adversário precisa aprender que "governar não é um ato arbitrário" e disse em vídeo nas redes sociais "carteirada" do ex-juiz contra ele "não vai funcionar". Especialistas em direito ouvidos pelo O Globo, disseram que a fala de Witzel demonstra uma tentativa de intimidação política, e que seu antigo cargo de juiz, que deixou para disputar a eleição, não pode ser usado para embasar uma voz de prisão. Em tese, qualquer pessoa pode dar voz de prisão em crime flagrante, mas não cabe no caso de calúnia. "Só pode dar voz de prisão em flagrante se você tem certeza, se viu a prática. Me parece que numa história de fake news, que demanda investigação profunda, não cabe isso", disse ao jornal o criminalista Celso Vilardi, professor da FGV, para quem a discussão dos dois "parece bobagem".
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