Joandra Alves/Dourados News
Primeira audiência de conciliação entre as partes ocorreu nesta segunda (8) no Fórum de Dourados
Flávio Maury de Souza, acusado inocentemente de ter estuprado a universitária Jéssica Fernanda de Abreu em abril de 2016 no Campus da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), entrou com ação solicitando R$ 100 mil por direito de imagem.
Primeira audiência de conciliação entre os dois, que já foram namorados, ocorreu no Fórum de Dourados nesta segunda-feira (8). Além dessa indenização, o rapaz também processa o Estado de Mato Grosso do Sul em outra ação pela mesma quantia, mas por dano moral.
O valor é para reparar todo o transtorno que Flávio vem sofrendo após ser acusado de algo que não fez. De acordo com o site Dourados News, na época, o rapaz chegou a ser preso e permaneceu detido por 37 dias. Na época, ele cumpria pena em regime semiaberto e perdeu o benefício pelas noites que passou detido e não pode se apresentar no estabelecimento penal, passando a ser considerado foragido.
Conforme já noticiado pelo Capital News, a Delegacia de Atendimento à Mulher de Dourados (DAM) encerrou as investigações concluindo que a jovem mentiu e o acusado é inocente. Por vergonha da família, a universitária fez uma falsa comunicação de crime para esconder um relacionamento com um homem casado. Segundo Flávio, desde quando foi acusado injustamente pela ex-namorada ele não consegue emprego.
Ainda de acordo com o Dourados News, após a audiência o próximo passo é aguardar a defesa da jovem, que deve pensar em um valor mais adequado à situação financeira da jovem. “O valor da ação é de R$ 100 mil e nós chegamos ao patamar de R$ 25 mil reais pedidos pela parte autora, só que ficou muito aquém do que a minha cliente pode pagar por mês o valor”, disse o advogado da universitária, Mario Claus.
Relembre o caso
No dia 5 de abril de 2016, Jéssica, estudante da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) denunciou ter sido estuprada pelo ex-namorado Flávio nas proximidades da biblioteca da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Na época, universitários se manifestaram pedindo segurança no campus. Dando prosseguimento às investigações, a suposta vítima teria alegado a existência do caso de maneira consentida com um homem casado e que o mesmo não teria ocorrido no campus e que também, não seria Flávio.