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Política Terça-feira, 28 de Maio de 2019, 10:46 - A | A

Terça-feira, 28 de Maio de 2019, 10h:46 - A | A

Ex-líder da Délia

Câmara abre processo contra novo vereador em Dourados

Vereadores aprovaram a denúncia nesta segunda-feira por unanimidade e houve formação da Comissão Processante

Renato Giansante
De Dourados para o Capital News

Divulgação/CMD

Câmara abre processo contra novo vereador em Dourados

Vereador terá o mandato analisado após a denúncia ser aceita nesta segunda-feira

Mais um vereador douradense terá o mandato analisado por uma Comissão Processante nos próximos dias. Nesta segunda-feira (27), durante a Sessão Ordinária da Casa, os vereadores aprovaram por unanimidade a denúncia contra Junior Rodrigues (PR), ex-líder da prefeita Délia Razuk na Casa.

 

A denúncia foi registrada pela advogada e ex-vereadora Virgínia Magrini que acusa o parlamentar de crime de responsabilidade político administrativo, com base em relatórios da CGU (Controladoria-Geral da União). Com aprovação, houve a formação da Comissão Processante que ficou da seguinte maneira: Marcelo Mourão (PRP) como presidente, Silas Zanata (Cidadania) como relator, e Olavo Sul (Patriota) como membro.

 

Votaram a favor da abertura do processo 17 vereadores dos 19 da Casa. O presidente da Câmara, Alan Guedes (DEM), só votaria em caso de desempate, além do próprio Junior Rodrigues estava impedido.

 

De acordo com a denúncia, Rodrigues foi ligado a empresa Batalinee Gomes Ltda.-ME, com nome fantasia Global Serv Prestadora de Serviços, na prestação de serviços de lavanderia junto a Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados), que administra o Hospital da Vida e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

 

Para a denunciante, “há fortes indícios de que exista uma verdadeira troca de favores neste relacionamento entre a atual gestora e seu líder na Câmara até dezembro de 2018”. E a justificativa foi a dispensa de duas licitações (ambas se dando em caráter emergencial e utilizando a lavanderia da Penitenciária Estadual de Dourados) e um pregão presencial que juntos tiveram a prestação de serviço superior a R$ 450 mil, valor esse considerado pela denunciante como superfaturamento.

 

No documento, há ainda a explicação que a empresa já havia feito um convênio meses antes para explorar o trabalho dos internos da Penitenciária Estadual de Dourados (PED). A relação do vereador é devida dois ex-servidores do gabinete dele se apresentarem como integrantes da empresa contratada, além de uma terceira pessoa que participou da campanha eleitoral.

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