Em Dourados, Temer conhece Sisfron e garante Dilma: “Ela não cai”

Rogério Vidmantas/Capital News

Michel Temer elogiou Sisfron e garantiu parceria com governo Azambuja

O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) esteve na manhã desta quinta-feira (9) em Dourados para conhecer o projeto-piloto do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que vai monitorar quase 17 mil quilômetros de fronteira do Brasil. Recebido pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), pelo prefeito Murilo Zauith (PSB), pelo general Rui Yutaka Matsuda e por diversas autoridades civis e militares, Temer e a comitiva presidencial chegaram ao Aeroporto Francisco de Matos Pereira protegidos por um forte esquema de segurança e seguiu diretamente para as dependências da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada - Brigada Guaicurus, onde uma das base do Sisfron está instalada.

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Durante a visita, Temer acompanhou do Centro de Comando e Controle uma operação em curso e também simulações de como o Sisfron deve ajudar no combate ao tráfico de drogas e outros crimes, o que foi motivo de elogios por parte do presidente em exercício. “O sistema é uma coisa extraordinária. Acho que a tecnologia aqui implantada está sendo usada para cada vez mais aumentar a segurança nas fronteiras. Recentemente várias operações foram realizadas, mas operações episódicas, como Águia e Sentinela. Agora ela é permanente, preserva a soberania nacional e combate a criminalidade”, disse, em rápida entrevista coletiva.

Ao militares, Temer elogiou o trabalho desenvolvido na implantação do Sisfron e reafirmou a importância para o país. “Sempre se tem a ideia de que a proteção da fronteira é para impedir contrabando e narcotráfico, mas é também de preservação das nossas soberanias. Os senhores estão dando o exemplo da integração. Acima de nós está o compromisso com o Brasil e sei o quanto as Forças Armadas têm esse compromisso”.

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Temer, porém, não escapou de perguntas sobre a crise política e a situação da presidente Dilma Rousseff (PT), que está na Rússia para VII Cúpula do Brics, e garantiu que o mandato não está em risco. Questionado sobre até onde o PMDB, principal partido da base aliada do governo, iria conseguir segurar Dilma, Temer foi categórico na resposta. “Não precisa segurar a presidente Dilma, ela não cai. Tem capacidade de trabalho e somos aliados. Naturalmente colaboramos com o país”, desconversou.

Sobre a relação do Governo Federal, encabeçado pelo PT, e do Governo Estadual, com o PSDB, Michel Temer disse que essa diferença não é problema para nenhum dos lados. “Temos uma relação institucional que não deve ser afetada por diferenças partidárias”, resumiu.

Após a visita às instalações do Sisfron na 4ª Brigada, onde também conheceu parte dos equipamentos utilizados no monitoramento e combate às ações do crime organizado, Temer sobrevoou parte da região de fronteira com o Paraguai e depois viajou para a cidade de São Paulo, onde, segundo a assessoria, cumpre agenda.