Divulgação
Pelo menos 30 animais teriam morrido por causa da raiva
Casos de raiva em bovinos de três cidades de Mato Grosso do Sul foram confirmados pela Agência Estadual de Vigilância Sanitária Animal e Vegetal (Iagro). Segundo nota divulgada à impresa, focos da doença foram achados em Aral Moreira, Amambai e Coronel Sapucaia. Pelo menos 30 animais teriam morrido neste ano em decorrência do vírus.
Esse é um segundo tipo de doença que tem afetado rebanhos no Estado. Na semana passada, mais de mil cabeças de gado morreram por causa do botulismo, em fazenda de Ribas do Rio Pardo. Essa doença ataca o sistema nervoso do animal provocando paralisia motora e o período de incubação é de uma semana a oito dias. O prejuízo do fazendeiro foi de mais de R$ 2 milhões. Resultados laboratoriais mostraram que o milho fornecido aos bovinos do confinamento estavam contaminados com toxinas botulínicas tipo C e D.
Ainda sobre os casos da raiva, a agência declara que a situação foi confirmada também por meio de exames laboratoriais e que sindicatos rurais das respectivas regiões já foram avisados. A Iagro aletra aos produtores que a vacinação antirrábica deve ser feita com urgência no rebanho das regiões. Prioritariamente, das propriedades que margeiam o Rio Amambai e seus afluentes.
O escritório da agência mais próximo também deve ser conunicado sobre qualquer mortalidade de herbívoros com sintomatologia nervosa e/ou sobre conhecimento de possíveis abrigos dos morcegos hematófagos (casas e poços abandonados, cavernas, árvores ocadas, turbina), para controle destes, como forma de evitar maiores prejuízos e prevenção de novos casos.
Se forem observados animais com sintomas da doença, a Iagro deve ser notificada para que possa fazer coleta de material para exames. Esse procedimento não tem custo para o produtor e a suspeita ou diagnostico de raiva não ocasiona na interdição da ficha sanitária ou no sacrifício de animais sadios.
DOENÇA
A Raiva dos herbívoros (bovídeos, equídeos, ovinos e caprinos) tem como principal transmissor o morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus. Nos últimos anos, os casos da doença reduziram de forma significativa, graças à análise de risco e incremento de ações como: palestra a produtores rurais, vistoria de abrigos com captura e controle do morcego hematófago, dentre outros.
