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Saúde Segunda-feira, 13 de Julho de 2015, 18:08 - A | A

Segunda-feira, 13 de Julho de 2015, 18h:08 - A | A

Sem receber, enfermagem do HE de Dourados pode parar nesta quarta

Profissionais sofrem com atrasos nos salários desde o ano passado quando começou a crise financeira no hospital

Rogério Vidmantas
De Dourados para o Capital News

Divulgação

Sem receber, enfermagem do HE de Dourados podem parar nesta quarta

Profissionais estão sem receber e optam por greve nesta quarta-feira

Enfermeiros do Hospital Evangélico, em Dourados, ainda não receberam o salário referente ao mês de junho e, caso a situação não seja contornada até a próxima quarta-feira (15), vão paralisar as atividades. A decisão pela greve foi tomada em assembleia nesta segunda-feira em frente à entrada principal da unidade hospitalar.

Os profissionais se mobilizaram para cobrar o pagamento dos salários que sofrem atrasos sistemáticos desde o ano passado quando a administração do HE disse passar por crise financeira. Com faixas e narizes de palhaço, pediram a solução do problema para que continuem trabalhando.

Segundo Lázaro Santana, presidente do Sindicato de Enfermagem, essa cobrança por parte dos enfermeiros para receber os vencimentos tem sido constante. “Enquanto a administração da Associação Beneficente Douradense paga em dia os fornecedores do hospital, os profissionais em enfermagem são desvalorizados e tratados com descaso. Muitos são chefes de família, têm compromissos financeiros e passam por dificuldades ocasionadas pelos atrasos”, afirma.

A situação pode melhorar com recursos federais que devem entrar na conta do hospital nos próximos dias, mas, de acordo com Lázaro, não deve ser o suficiente. “Pela manhã entrei em contato com o hospital e fui informado pela superintendência que irão receber recursos do Governo Federal, através da prefeitura, entre hoje [segunda] e amanhã, e com isso vão pagar parte dos funcionários, mas o valor é insuficiente para pagar todos. Se não tiver 100% do salário de todos os profissionais pago na quarta, na quinta 70% irão entrar em greve e vamos ficar aqui na frente do hospital, é um absurdo o que vem acontecendo”, conclui.

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