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Conforme denúncias, faltam médicos na maternidade do HU-UFGD e gestantes sofrem violência obstétrica
Para apurar denúncias de violência obstétrica, mortes de recém-nascidos que poderiam ter sido evitadas, falta de medicamentos para dor em parto normal, dentre outras, o Ministério Público Estadual (MPE) solicitou uma auditoria na maternidade do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), a 228 km da Capital.
Conforme a assessoria do MPE, a vistoria, que foi solicitada ao Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus), deve ser feita nos primeiros meses de 2017. Serão analisados prontuários médicos produzidos a partir de 2015.
Na lista de denúncias recebidas pelo MPE, consta ausência de corpo médico e de demais profissionais de saúde em quantidade adequada; falta de cumprimento adequado de plantão presencial por médicos e profissionais de saúde; falta de equipamentos, insumos e medicamentos essenciais ao desenvolvimento de suas atividades; ausência de leitos em quantidade suficiente; demora na conclusão das obras de ampliação e melhorias.
Além destas denúncias, também chama a atenção a falta de humanização no atendimento às gestantes, com demora no atendimento médico prestado às pacientes, em desacordo com protocolos de classificação de risco; realização de parto normal ou cesariana em desacordo com as indicações clínicas; falta de atuação a contento das comissões de revisão de prontuário e óbito; dentre outras irregularidades.
As investigações partem de dois inquéritos civis instaurados pelo órgão.