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Cotidiano Terça-feira, 17 de Janeiro de 2023, 07:49 - A | A

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Saúde

Campanha Janeiro Roxo conscientiza sobre a hanseníase

Dourados apresenta taxa de detecção da doença acima da média nacional

Rogério Vidmantas
Capital News

Arte: Assecom

Hanseníase

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A Prefeitura de Dourados, por meio do Programa Municipal de Controle de Tuberculose e da Hanseníase, ligado à Sems (Secretaria Municipal de Saúde), divulga à população informações sobre a campanha Janeiro Roxo, que visa conscientizar contra o estigma e o preconceito vinculados à hanseníase. A ação também tem objetivo de alertar acerca das complicações causadas pela doença e intensificar atividades de prevenção e diagnóstico precoce nas Unidades Básicas de Saúde do município.

 

A hanseníase é uma patologia infectocontagiosa causada por bactéria conhecida como bacilo de Hansen e é transmitida pelas vias respiratórias (fala, tosse e espirro). Vale ressaltar que o contato deve ser próximo e prolongado entre uma pessoa suscetível e um portador de hanseníase que não está sendo tratado.

 

Os principais sinais e sintomas são manchas claras, acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade térmica e/ou dolorosa, e/ou ao tato; áreas com diminuição dos pelos e do suor; formigamentos, choques, fisgadas, agulhadas nos braços e pernas, que evoluem para dormência; caroços (nódulos) pelo corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

 

No último boletim epidemiológico do ano de 2021, o Brasil apresentava taxa de detecção de 8,49 casos novos de hanseníase por 100 mil habitantes. Em Dourados, essa taxa ficou em 9 casos por 100 mil habitantes, acima da média nacional. Por conta disso, a doença ainda é considerada um problema de saúde pública. O tratamento é feito com antibióticos específicos e dura de seis a doze meses. Os medicamentos são gratuitamente fornecidos pelo SUS.

 

A hanseníase tem tratamento e cura, no entanto, quando as medidas são tomadas tardiamente podem resultar em sequelas graves aos portadores, principalmente deformidades na face, mãos e pés. As incapacidades físicas provocadas pela doença são as que mais determinam a exclusão social dos pacientes.

 

Caso alguém apresente qualquer um dos sinais ou sintomas suspeitos de hanseníase, a pessoa deve procurar a Unidade de Saúde e solicitar uma avaliação. Em caso de dúvida no diagnóstico, o paciente será encaminhado ao Centro de Referência em Tuberculose e Hanseníase (CRTH).

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