O Hospital Universitário da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) suspendeu nesta quinta-feira (8) as internações de adultos que requerem dieta oral por falta de alimentos para as refeições. Na segunda-feira (12), será a vez da paralisação das cirurgias eletivas. O principal motivo para a ação é a grave crise financeira que se estendeu por atrasos nos repasses.
A medida já foi comunicada ao Ministério Público Estadual (MPE), ao Ministério Público Federal (MPF) à Secretaria Municipal de Saúde (SEMS) de Dourados e ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
O HU, que é filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HU-UFGD/EBSERH), relata que não recebe as parcelas Estadual e Municipal do Contrato do hospital com o SUS desde janeiro e que o montante chega a R$ 2.295.727,72.
De acordo com o comunicado, já algum tempo, a direção vem tomando medidas de contenção de gastos para manter os serviços, mas a situação tornou-se insustentável com o desabastecimento de gêneros alimentícios. Recentemente, o HU alterou a dieta dos pacientes e não ofereci mais carnes e derivados para os acompanhantes.
A prioridade é ter em funcionamento os serviços essenciais, como os da linha materno-infantil, para os quais o HU-UFGD é a única referência regional.
A explicação para a suspensão das cirurgias eletivas é para priorizar e garantir a manutenção dos serviços do Centro Obstétrico, que inclui a Maternidade, em pleno funcionamento.
De acordo com a direção do hospital, a retomada dessas atividades fica na dependência exclusiva do pagamento dos repasses atrasados para quitar os fornecedores e consequentemente voltar a receber os insumos.