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Cotidiano Terça-feira, 04 de Setembro de 2018, 13:28 - A | A

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Reinserção

Parceria fará que detentos trabalhem em reformas de prédios públicos

Convênio em Dourados foi assinado no dia 17 com a Agepen e reeducandos serão previamente selecionados

Renato Giansante
De Dourados para o Capital News

A. Frota/PMD

Parceria fará que detentos trabalhem em reformas de prédios públicos

Assinatura do convênio aconteceu dia 17 de agosto no gabinete da prefeita Délia Razuk

A prefeitura de Dourados e a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul) assinaram um convênio para ressocializar internos do sistema penitenciário em reformas de prédios de públicos, como por exemplo escolas, em ato aprovado pelo Conselho da Comunidade.

De acordo com nota da assessoria de imprensa da prefeitura, além da intenção de reinserção dos detentos, o projeto contribuirá também para um serviço um custo bem menor do que praticado no mercado.

“O empregado terceirizado custa cerca de 4 mil reais, a mão de obra de um interno não será mais que mil reais”, disse o secretário municipal de Educação, Upiran Gonçalves.

A iniciativa foi baseada em um sistema já utilizado pelo governo do Estado há alguns anos que, de acordo com a prefeitura, vem trazendo resultados altamente positivos.

“A comunidade escolar não estará sendo exposta. Não haverá risco, haja vista que os trabalhos serão prestados por reeducandos, sempre sob a supervisão de pessoa com experiência. Iremos trabalhar com pessoas em regime de semiaberto que já progrediram no cumprimento de suas reprimendas e serão profissionais”, explicou o secretário.

O juiz da 3ª Vara Criminal de Dourados, Cesar de Souza Lima, relatou que haverá uma triagem com avaliação de profissionais e de comportamento dos internos antes de começarem a trabalhar. “Vamos ter assistentes sociais, psicólogos, para ver o histórico de vida, que tipo de crime praticou. Porque hoje, a primeira impressão que se dá é que se é preso é alguém ligado a uma facção criminosa, alguém que matou várias pessoas, que é um psicopata. Nós temos que lembrar que é preciso separar o joio do trigo. Nós temos realmente pessoas extremamente perigosas, mas nunca elas iriam ser selecionadas para trabalhar em meio aberto”, explica.

O projeto prevê a utilização da mão de obra de 50 internos, tanto do sexo masculino quanto do feminino.

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