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Cotidiano Quinta-feira, 28 de Maio de 2015, 14:58 - A | A

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Negócios e Lazer

Reserva Indígena de Dourados ganha primeiro pesqueiro pesque-pague

Pelo menos outros 15 açudes podem ser preparados para ter o mesmo fim

Rogério Vidmantas
De Dourados para o Capital News

Chico Leite/PMD

pesque pague

Curso aplicado com apoio da Prefeitura motivou seu Felisbino Marques a implantar um pesque pague na aldeia Jaquapirú

O primeiro pesqueiro que funciona no sistema pesque-pague já está em funcionamento na Reserva Indígena de Dourados. O empreendimento é fruto de parceria entre Prefeitura Municipal, a Coordenadoria Especial de Assuntos Indígenas de Dourados (Ceaid), Sindicato Rural de Dourados e Senar/MS que realizaram um curso sobre piscicultura para moradores do local em 2014. Durante três dias, 15 pessoas aprenderam técnicas de criação, manejo e gestão da atividade. 


Agora, quase um ano depois, Felisbino Jesus Marques é o primeiro índio a implantar um pesqueiro que já tem peixes prontos para o abate na Aldeia Jaguapirú. “Foi muito importante esse curso, ensinou muita coisa que a gente não sabia”, afirma. Felisbino agora aguarda ansioso o curso sobre fabricação de ração caseira para baratear o custo de produção. “A gente esperar continuar recebendo apoio e incentivo”, diz.


De acordo com Leomar Mariano da Silva, diretor da Ceaid, são pelo menos 15 açudes já existentes nas aldeias Jaguapiru e Bororo que podem ser reestruturados para a produção de peixes, melhorando a vida das famílias. “A gente está discutindo com o prefeito Murilo para encontrar uma maneira de ajudar na reestruturação dos tanques, já que a maioria dos donos não tem condições”, afirma. Ele diz ainda que há potencial na Reserva para a construção de mais açudes.


Assim como Felisbino, mais gente poderá produzir peixes para a venda comercial ou em pesque pague. No caso de Felisbino ele oferece até a opção de limpeza do peixe e preparo para o pescador consumir no local. Qualquer pessoa pode entrar livremente na aldeia durante o dia para pescar pacu e tambaqui no pesqueiro de Felisbino, que fica a 2,5 km dentro da Aldeia Jaguapiru (sentido Missão Caiuá) a partir da rotatória principal na MS-156.


Segundo Leomar, a mesma parceria foi responsável pela aplicação na Reserva do curso de ‘controle de formigas cortadeiras’, com participação de 15 pessoas, e do curso de ‘inclusão digital rural’, quando 20 jovens com idades entre 15 e 18 anos, participaram.

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