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Dourados Segunda-feira, 09 de Abril de 2012, 13:48 - A | A

Segunda-feira, 09 de Abril de 2012, 13h:48 - A | A

Aids já matou 12 douradenses em 4 meses

Da Redação (LB)

A Aids já matou pelo menos 12 pessoas este ano em Dourados. Os dados são do Programa DST/Aids/Hepatites Virais, da Secretaria Municipal de Saúde, que já detectou dez novos casos nos primeiros três meses deste ano. Destes, são nove homens e uma mulher.

Os números de óbitos são preocupantes tendo em vista que as pessoas portadoras do vírus HIV tendem a ter uma vida normal, caso mantenha um acompanhamento médico regular evitando assim, que o vírus venha se desenvolver, se tornando Aids.

A coordenadora do Programa DST/AIDS/Hepatites Virais, Berenice de Oliveira Machado Souza explicou que na maioria dos óbtos, as pessoas descobriram a existência do vírus tardiamente, depois que veio a se desenvolver. Em outros casos, a pessoa já era portadora do vírus, mas não manteve o acompanhamento médico para saber a quantidade de carga viral ou não tomou a medicação prescrita corretamente ou abandonou. “A pessoa que se cuida, mantém um acompanhamento correto leva uma vida normal”, disse a coordenadora.

Ela explica que a depressão é um dos fatores que leva muitas pessoas portadoras do vírus HIV ao isolamento e a exclusão da sociedade. O desestímulo, baixo estima e o sentimento de discriminação, em muitos casos, acaba levando a pessoa a desistir de usar a medicação.

Segundo Berenice, para algumas pessoas, o tratamento é extremamente doloroso devido a grande quantidade de medicamentos que deve ingerir diariamente. A falta de apoio da família também leva essas pessoas a depressão. “As vezes ela se sente rejeitada, quer esconder a doença da família, dos colegas de trabalho e dos amigos e acaba pôr não tomar a medicação regularmente”, exemplifica.

CASA DE APOIO

Para ajudar as pessoas que estão nestas situação, o Programa DST/AIDS de Dourados conseguiu recursos federais para montar uma casa de apoio para às pessoas portadoras do HIV. De acordo com Berenice, o programa mantém atualmente assistentes sociais que fazem visitas nas casas dos pacientes. No entanto, em alguns casos, por falta de apoio da família, o paciente prefere que essa assistência seja longe do lar.

A casa de apoio deve entrar em atividade em breve, assim que a prefeitura realize o repasse dos recursos vindo Ministério da Saúde. (com Dourados Agora)

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