Localizada próximo ao aeroporto de Dourados e numa região de campus universitário, a Avenida Guaicurus será duplicada pelo governo do Estado. A avenida tem um intenso fluxo, chegando à circulação de cerca de 1,5 mil veículos por dia. Além da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) e a Universidade Federal de Dourados (UFGD), a via também é utilizada para o tráfego de funcionários de indústria alimentícia e membros das unidades do Exército, além de moradores de comunidades indígenas.
Conforme o presidente da Associação dos Servidores da UFGD e presidente da comissão pró-duplicação da avenida, Franz Maciel Mendes, o pedido para a duplicação da avenida começou no ano de 2010, quando teve a oportunidade de conseguir por meio de assembleia a autorização para reivindicar a demanda. “A complexidade justifica a demanda da duplicação. No início de 2000 conseguimos uma ampliação da avenida e a partir de então tivemos vários progressos como a criação da UFGD, ampliação do exército e aeroporto”, lembrou.
Para o presidente da comissão, a decisão do governo do Estado em realizar a obra representa acima de tudo a vitória da cidadania, mas com um olhar diferenciado do gestor público. “Traz segurança aos usuários, um suporte maior para que a gente possa ir ao nosso destino com mais tranquilidade e segurança. Representa também o olhar futuro do gestor”, definiu.
Também presente na audiência, o presidente do Sindicato dos Professores da UEMS, Wilson Brum, recorda o tempo que estudou na universidade, entre os anos de 1997 e 2000 e viu muitos acidentes com vítimas fatais. O fluxo só aumentou e hoje cerca de 10 mil pessoas passam diariamente na rodovia, sendo oito mil só da comunidade acadêmica. “Se o projeto contemplar o que pedimos com certeza dará mais segurança”, disse.
É a tranquilidade que o acadêmico de Engenharia Física e ex- presidente do Diretório Central de Estudantes (DCE), André Luis Constantino, aguardava. Ele, que fez parte do grupo que iniciou os pedidos da obra ao governo do Estado, hoje comemora o projeto. “Vai melhorar a qualidade de vida acadêmica. São trinta minutos só para chegar até a universidade por conta do trânsito”, ressaltou. O estudante acredita que com a obra vai mudar aquela realidade. “O governo propôs esta via acessível à universidade. E é esta rodovia com projeto adequado que nós realmente precisamos”, destacou.
O projeto prevê 11,6 mil quilômetros, no trecho entre a Avenida Aziz Rasselen e o acesso ao aeroporto e as Universidades Estadual e Federal da Grande Dourados. Esta via terá cinco rotatórias de acesso e de retornos, além de 10 redutores de velocidade para travessia de pedestres e 24 paradas de ônibus. Toda a avenida será iluminada e terá 11,1 mil metros de ciclovia. A obra será desenvolvida em quatro trechos com características técnicas diferentes.
O croqui da obra foi apresentado por meio de um vídeo institucional e foi detalhado pelo secretário de Estado de Obras Públicas e de Transportes, Edson Giroto. Ele explicou que a prefeitura colocou à disposição uma equipe técnica para prestar todas as informações necessárias, incluindo os acessos a futuros condomínios. “É um projeto que resguarda, dentro do cuidado técnico, segurança e fluidez”, resumiu.
De acordo com Giroto, a cada mil metros haverá um retorno. As vias de ciclismo para dar segurança ao usuário começam logo da primeira quadra e seguem até o acesso às universidades. A duplicação é mais uma via estratégica para a segurança e ordenação do trânsito e deve acelerar o crescimento de Dourados. O projeto da obra que conta com investimentos de R$ 32 milhões foi apresentado no sábado (25) pelo governador André Puccinelli durante audiência pública na Câmara de Vereadores.
Trechos
O primeiro trecho da obra vai do entroncamento da Avenida Aziz Rasselen até a rotatória do Anel Viário de Dourados com 3.477 metros, duas pistas com sete metros de rolamento e 2,5 metros de acostamento e canteiro central. Haverá também postes com dois braços de luminária no canteiro central com espaçamento de 30 metros entre eles. Além disso, o trecho terá ciclovia com 2,5 metros de largura.
Já o segundo trecho, começa na rotatória do Anel Rodoviário até a rotatória de acesso as universidades e aeroporto com 8.267 metros, duas pistas com sete metros de rolamento e 2,5 metros de acostamento. O canteiro central terá barreira de concreto tipo New Jersey e postes com dois braços de luminária. Este trajeto também terá ciclovia com 2,5 metros de largura.
O terceiro inicia na rotatória das universidades e aeroporto, com 770 metros, duas pistas com sete metros de rolamento e 2,5 metros de acostamento. O canteiro central também terá barreira do tipo New Jersey e terá postes com dois braços. Será implantada ciclovia.
O quarto trecho contempla a rotatória final da via, com 600 metros, uma pista de sete metros de largura e acostamento de um metro para cada lado.