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Dourados Sábado, 12 de Julho de 2014, 09:20 - A | A

Sábado, 12 de Julho de 2014, 09h:20 - A | A

Bioconstrução lembra técnicas de joão-de-barro e ganha adeptos em MS

Da Redação (MC)

Garantir a sustentabilidade e ao mesmo tempo manter as origens dos primeiros modelos de construções de moradias que utilizavam o barro como principal matéria-prima. Essa é a proposta de um curso voltado para ambientalistas, pesquisadores e comunidade, que acontece de 1º a 03 de agosto em Corguinho.

De acordo com informações do site Dourados Agora, o curso será realizado na Fazenda Portal, por iniciativa da psicóloga Vera Pedrosa, que possui uma propriedade na área e optou por uma construção alternativa que fosse baseada nas técnicas que envolvem a utilização de experiências diretamente relacionadas à terra. A ideia ganhou forma a partir do momento em que ela decidiu procurar a organização não governamental Lowconstrutores Descalzos, formada por um coletivo de bioconstrutores.

A entidade reúne em seus quadros, profissionais graduados ou em formação nas áreas de arquitetura, agronomia, biologia, engenharia e meio ambiente. De acordo com o ambientalista Nilson Dias, a Lowconstrutores também está aberta para a participação de pessoas que trabalham com permacultura e donos de propriedades rurais ou urbanas mais afinados com a temática ambiental. “A bioconstrução é uma alternativa viável, que não utiliza nenhum componente industrializado”, explica a engenheira ambiental Adriana Galbiati. Segundo ela, além de não agredir o meio ambiente, o processo estimula o trabalho coletivo. “Todos colocam os pés e as mãos na massa”, afirma Galbiati.

A terra é o material mais abundante na natureza e está disponível para todos. Esse é o princípio que norteia a construção de casas ao estilo joão-de-barro. “As técnicas de construção com terra são utilizadas há milênios e muitas delas continuam de pé até hoje”.

Para mediar teoria e prática, os organizadores do curso contarão com o apoio de profissionais como Marcelo Santos, que atua na área da Bioconstrução e Agrofloresta. “O que queremos realmente é estimular a comunidade a construir sem causar impacto na natureza”, comenta Santos, que já participou da construção de casas em em diversos países, como Brasil, Uruguai, Austrália e Nova Zelândia.
 

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