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Dourados Quarta-feira, 10 de Julho de 2013, 15:08 - A | A

Quarta-feira, 10 de Julho de 2013, 15h:08 - A | A

Casa da Acolhida atende 400 pessoas este ano em Dourados

Lucas Junot - Capital News (www.capitalnews.com.br)

A Casa da Acolhida, mantida pela Prefeitura de Dourados por meio da Secretaria de Assistência Social, é o órgão abriga quem não tem para onde ir. Somente nos primeiros cinco meses deste ano, 400 pessoas passaram pelo local.

No espaço, os abrigados recebem café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar, preparados por uma nutricionista, além de kits de higiene e dormitório. A equipe de técnicos que atende no local também faz o acompanhamento psicossocial e colabora para que os acolhidos consigam atendimento de saúde e até restabelecer a vida profissional.

É o caso da artesã Rutiléia Dias dos Santos, 30. Ela saiu do Rio de Janeiro com o marido para que ele trabalhasse em Dourados. O emprego não deu certo e eles ficaram sem dinheiro para manter as despesas. Então, foram para a Casa da Acolhida.

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A artesã carioca Rutiléia Dias dos Santos recebeu abrigo na Casa da Acolhida
Foto: A. Frota/Prefeitura de Dourados

Poucos dias depois de chegarem ao local, a equipe conseguiu, através do Ciat (Centro Integrado de Atendimento ao Trabalhador), um emprego para o marido dela, que está prestes a retomar sua autonomia financeira. Através de doações de voluntários, também foram conseguidos tecidos e linhas para que a artesã pudesse voltar a confeccionar seus artigos de ornamentação feitos com fuxico.

Com a ajuda, Rutiléia já chegou a vender 15 peças em apenas uma semana e já confecciona mais para comercialização. “Graças à Casa da Acolhida a gente vai poder trabalhar, ter uma casa nossa para ficar e juntar dinheiro para voltar para o Rio de Janeiro, onde está nossa família”, disse Rutiléia.

Lázaro Rodrigues de Oliveira, 60, também está na casa. Ele era morador de rua quando foi acolhido pelo local. Hoje participa de um coral, faz aulas de computação e pratica leitura. “Me sinto ressuscitado”, diz o homem, que com o apoio da equipe da prefeitura tenta a aposentadoria. “Tudo o que eu queria era voltar a estudar”, conta. Na Casa foi montada uma biblioteca de livros doados e o acervo já possui mais de mil exemplares.

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Lázaro Rodrigues de Oliveira lê no pátio da Casa da Acolhida de Dourados; “vida nova” após morar nas ruas
Foto: A. Frota/Prefeitura de Dourados

São acolhidas pela Casa pessoas em trânsito que vêm de outras cidades à procura de trabalho ou somente de passagem; residentes do município que estejam impedidos de permanecer em sua moradia habitual por motivos de intempéries e/ou riscos e moradores de rua. Para ingressar é preciso apresentar a Carteira de Identidade, CPF (Cadastro de Pessoa Física), Carteira de Trabalho ou Boletim de Ocorrência, além de seguir algumas normas internas.

O tempo médio de permanência é de até três dias. “Cada caso é avaliado separadamente. Se a equipe que faz o acompanhamento perceber que é necessário, a pessoa pode ficar por quanto tempo precisar na Casa da Acolhida”, afirmou Ledi Ferla, secretária de Assistência Social.

Estrutura

Atualmente a Casa da Acolhida funciona no centro (Rua Camilo Hermelindo da Silva, 175). Mas a unidade é provisória, enquanto a sede localizada no Jardim Vista Alegre (Rua Jandaia, 1.765), está em obras. O prédio passa por reforma e ampliação executadas pela prefeitura.
Estão sendo aplicados R$ 462,2 mil em recursos próprios na obra. A reforma atinge todos os cômodos existentes e falta pouco para conclusão. Já a etapa de ampliação ainda será iniciada com a construção de cinco novos dormitórios, que vão dobrar a capacidade da unidade. Atualmente a Casa da Acolhida atende uma média 35 pessoas por dia.

A estruturação da Casa da Acolhida é parte dos investimentos que o prefeito Murilo vem fazendo na área da Assistência Social. “Tivemos muitos avanços nos dois anos em que o prefeito Murilo está à frente da administração municipal, com reforma das unidades, contratação de profissionais de nível técnico e novos equipamentos”, disse Ledi Ferla.

Serviço

Os menores que chegam ao local são encaminhados ao Conselho Tutelar. Além dos que chegam voluntariamente, a equipe da casa ainda faz a chamada “Busca Ativa” aos moradores de rua, através de informações repassadas pela população. Os telefones para contato são 3411-7716 e 8468-8045.

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