Sexta-feira, 17 de Maio de 2024


Dourados Quarta-feira, 06 de Agosto de 2014, 08:13 - A | A

Quarta-feira, 06 de Agosto de 2014, 08h:13 - A | A

Com aterro sanitário funcionando, coleta seletiva passa a ser o desafio de Dourados

Fernando Hassessian - Especial para (www.capitalnews.com.br)

O prazo para que todas as prefeituras no Brasil adequassem a destinação final de resíduos sólidos terminou neste último sábado, dia 02, com um baixo número de municípios que conseguiram regularizar sua situação, que inclui a desativação dos lixões e implantação de aterros. No Estado, de acordo com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul - Imasul, apenas nove municípios conseguiram cumprir o prazo e mantém aterros regularizados em funcionamento.

A lei federal que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos preconiza o descarte e tratamento dos resíduos sólidos de uma forma que não agride o meio ambiente. As mudanças consistem em desativar os lixões, onde os resíduos são simplesmente amontoados, favorecendo a proliferação de doenças e vetores e a poluição do solo, para a implantação de aterros, em que o material passa por uma triagem com reaproveitamento e apenas “sobras não poluentes” são descartados em valas com estrutura adequada para a proteção do solo.

Apesar de atender a lei dentro do prazo, alguns municípios ainda enfrentam dificuldades que vão além da estrutura de triagem e descarte de resíduos. Em Dourados, o desafio é a coleta seletiva. A cidade produz cerca de 180 toneladas de lixo por dia, mas menos de 1% passa pela coleta seletiva. A empresa responsável pela coleta no município projeta que em cinco anos será possível ampliar a coleta seletiva para todos os bairros, sendo que atualmente apenas 14 bairros são atendidos.

O diretor-presidente do Instituto Municipal de Meio Ambiente - Imam, Rogério Yuri Farias Kintschev relatou que ações são realizadas em escolas e empresas no sentido de conscientizar a população sobre a importância do descarte correto do lixo. Segundo Rogério, é necessário esclarecer o papel da sociedade no processo, que não deve ficar a cargo exclusivamente do gestor público.

Segundo Rogério, ainda é preciso combater hábitos incorretos de descarte, como o despejo em beiras de rodovias e terrenos baldios. Um telefone será colocado à disposição para denúncias e serão aplicadas ações de repreensão a empresas identificadas como responsáveis pelo descarte inadequado.
 

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