A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) poderá refazer o processo de seleção de professores efetivos da Faculdade de Engenharia (FAEN). O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) divulgou nesta quarta-feira (5) recomendação encaminhada à Universidade devido às diversas irregularidades no processo seletivo, denunciadas por candidatos.
Em três bancas examinadoras - compostas por três membros -, existiam avaliadores que sequer possuíam qualificação acadêmica igual ou superior a dos avaliados – uma violação ao edital.
Para a cadeira de professor de “Gerenciamento de Processos de Manufatura” - que exige conhecimentos em Engenharia de Produção ou Engenharia Mecânica ou Engenharia Mecatrônica – a avaliação dos candidatos foi realizada por uma administradora de empresas.
Já os candidatos ao cargo de “Gerenciamento de Processos Químicos e Agroindustriais”, que deveriam ser graduados em Engenharia de Produção ou Engenharia Química - foram examinados por um comunicador, com formação em Engenharia Florestal.
Quanto à matéria de “Gerenciamento de Tecnologias de Produção”, a banca tinha um engenheiro elétrico como avaliador, mesmo exigindo dos candidatos formação em Engenharia de Produção ou Engenharia Mecânica ou Engenharia Mecatrônica.
A Reitoria da UFGD já havia sido comunicada sobre a irregularidade na composição das bancas, porém não tomou nenhuma providência.
O MPF orienta que a universidade organize novo concurso público ou inclua novas vagas no último edital para professores da FAEN, publicado na semana passada. Caso a UFGD opte pela modificação do último edital, os prazos para inscrição deverão ser prorrogados.
Além da anulação parcial, o MPF recomenda ainda a convocação, pela reitoria, do Conselho Universitário (COUNI) para a edição de norma que discipline e torne mais transparentes os processos seletivos para professor efetivo da UFGD.
A universidade tem 10 dias úteis para responder se acata ou não a recomendação. As alterações não devem afetar o ano letivo dos acadêmicos.