O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Mato Grosso do Sul divulgou nesta quarta-feira (6) o desdobramento da operação “Irmandade 1533” que foi deflagrada nos municípios de Dourados, Itaporã e Rio Brilhante nesta terça-feira (5).
O procedimento foi instaurado no começo de 2012, conforme explicou a promotora de justiça do Gaeco, Claudia Loureiro Ocariz Almirão. A operação visa apurar a prática de crimes de homicídio, tráfico, roubo, entre outros, cometidos por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Conforme informações da assessoria, embora se tenha cumprido os mandados de busca, ainda há diligências sendo realizadas como: oitiva de pessoas, análise da documentação apreendida, bem como das provas angariadas através de cautelares deferidas judicialmente.
Os policiais cumpriram os dez mandados de prisão e documentos foram apreendidos. Na residência de Diego Lobo, de 20 anos, foram encontradas drogas. No entanto, a voz de prisão em flagrante não foi ratificada pelo delegado de polícia do plantão, que autuou a ocorrência como posse de substância entorpecente para uso próprio.
Dois presidiários foram identificados no curso das investigações. Um deles cumpre pena por tráfico no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. Ele foi transferido da Penitenciária de Dourados. O outro cumpre pena na Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorim Costa.
Ainda de acordo com a assessoria, os dois comandavam uma rede de tráfico de drogas, executado por pessoas de confiança deles que se encontram em liberdade. O contato entre os presos e seus comparsas era feito por meio de telefones celulares e por ocasião das visitas.
Dessa forma, eles acompanham a movimentação financeira do tráfico e também do PCC (contribuição paga pelos integrantes), determinam pagamentos, divisão de lucros, etc. e também contratam pessoas para o transporte de drogas e outras atividades relacionadas ao tráfico.
Chips de telefone celular foram apreendidos com o apoio da Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) que realizaram buscas nas celas dos presidiários investigados.
Participam da operação 23 policiais militares do Gaeco e 32 policiais militares do 3º Batalhão da Polícia Militar de Dourados, além dos Promotores de Justiça integrantes do Gaeco, Claudia Loureiro Ocariz Almirão e Marcos Roberto Dietz, e o Promotor de Justiça titular da 4ª Promotoria de Justiça também de Dourados, João Linhares Júnior.