Educadores da Rede Municipal de Ensino de Dourados ainda não receberam nenhuma proposta oficial da prefeitura para dar fim à greve que já se estende por 10 dias na cidade. Segundo o sindicato, aproximadamente 80% das escolas e creches estão paradas porque o Município não tomou medidas efetivas para atender os pontos que contemplam a melhoria da educação na cidade.
Em Assembleia hoje pela manhã eles decidiram que um grupo de educadores se deslocaria para frente da prefeitura, não saindo dali até que, pelo menos, sejam ouvidas as reivindicações da categoria. Enquanto isso, simultaneamente, uma comissão subiria até o gabinete do prefeito Murilo Zauith (PSB) para tentar uma audiência com ele, procedimento que antes da greve já havia sido tentado por sete vezes.
Ontem o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul entendeu como sendo legal o movimento dos educadores e fez isso em resposta à prefeitura, que pedia a proibição da greve e multa para o Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted) de Dourados, que luta por melhorias nas condições de trabalho dos educadores e por melhorias no atendimento aos alunos das escolas.
Nos últimos dias o Simted entregou um dossiê sobre a educação no Estado e com foco em Dourados, à presidência da República e ao Governo do Mato Grosso do Sul.
Pontos reivindicados
Reabertura do PAE (Programa de Acompanhamento Escolar);
Reabertura das STE (salas de tecnologia);
Implantação de uma jornada dos professores que inclua 1/3 de hora-atividade;
Retomada das discussões do PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração);
Reabertura do Núcleo Indígena na Secretaria de Educação;
Adequação salarial para professores e administrativos;
Inserção definitiva dos servidores administrativos educacionais no PCCR;
Realização de concursos para docentes, professores (as), coordenadores (as) e administrativo;