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Dourados Terça-feira, 07 de Maio de 2013, 17:52 - A | A

Terça-feira, 07 de Maio de 2013, 17h:52 - A | A

Educadores de Dourados saem de greve vitoriosos

Karla Machado - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Com o coro: “educação unida jamais será vencida”, os educadores da Rede Municipal de Ensino de Dourados decidiram pelo fim da greve que se estendia por quase duas semanas. A categoria entendeu que três avanços principais da que eram objetivos da greve foram conquistados: retorno das 6h para os administrativos, pagamento do valor financeiro do Piso Nacional da Educação e implantação de 1/3 de hora atividade (para planejamento de aula) a partir do no que vem.

A decisão foi tomada em Assembleia nesta terça-feira (7) à tarde no Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted) de Dourados. A direção do sindicato vê a conquista como uma vitória, uma vez que a prefeitura se negava a ceder qualquer ponto das reivindicações e nem mesmo queria receber os representantes da categoria.

As demais demandas da greve, como reabertura do Programa de Acompanhamento Escolar (PAE), reabertura das Salas de Tecnologia (STE), retomada das discussões do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), reabertura do Núcleo Indígena na Secretaria de Educação e realização de concursos para docentes, professores (as), coordenadores (as) e administrativo, poderão ser contestadas na Justiça e por isso terão continuidade durante todo o ano de 2013.

“Temos que comemorar, porque mais que essas conquistas já citadas, fizemos a educação ser refletida como algo necessário para melhoria de Dourados. Tivemos apoio da sociedade, de movimentos sociais, sindicatos, associações, de parte da imprensa, enfim, trouxemos o tema ao debate e fizemos a prefeitura repensar suas ações. De agora em diante creio que as coisas deverão melhorar e que o Município respeitará mais os educadores. Temos pautas que faremos o possível para dialogar, mas que caso seja necessário vamos levar à Justiça”, explica o presidente do Simted, João Vanderley Azevedo.

“Os dias sem aula serão repostos e não haverá prejuízos para os alunos, pelo contrário, teremos professores e servidores administrativos ainda mais motivados para o trabalho. Esperamos conseguir nesse ano e no próximo melhor qualidade de ensino, mas para isso será preciso comprometimento da prefeitura. Os educadores sozinhos e sem investimento não podem mudar esse quadro. Os pais também são importantes nesse processo. Podem fazer isso cobrando seus representantes e acompanhando a vida escolar de seus filhos”, comenta Gleice Barbosa, vice-presidente do Simted.

“A greve acaba, mas a luta continua”, diz o membro da diretoria Juliano Meneguetti Mazzini. Os educadores foram favoráveis aos projetos relacionados à jornada de trabalho, mas não deixam as outras pautas de lado. O presidente reflete que o movimento avançou nos quesitos de abertura também, já que a secretária está recebendo o sindicato após a greve, portanto, será mantida a Comissão na luta pelas pautas legítimas da categoria.

A partir de amanhã, creches e escolas terão aulas normais e qualquer problema nos estabelecimentos de ensino no que se refira aos direitos trabalhistas, como ameaças e perseguições, que configuram assédio moral, devem ser denunciadas ao Simted ou ao Ministério do Trabalho.
 

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