Falta de estrutura, fechamento de programas de reforço, corte de benefícios, negociação salarial, entre outras fazem parte da lista de reivindicações dos educadores – professores e administrativos – em Dourados.
Em assembleia nesta sexta-feira (5), sem propostas, a categoria decidiu, então, “greve por tempo indeterminado” a partir da paralisação do dia 24, que faz parte de atos ligados a “Semana Nacional da Educação”, articulada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Para o Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados (Simted), a classe chegou ao limite, já que a data base para as negociações com a prefeitura foi o dia primeiro de abril, última segunda-feira. Nesta semana, o sindicato protocolou também o sétimo ofício na tentativa de obter uma resposta do Executivo.
Além dos professores iniciarem as aulas descontentes pela categoria ter perdido a licença prêmio no ano passado, o ano letivo também iniciou com indefinições, como o fechamento do Programa de Aceleração Escolar (PAE) e das Salas de Tecnologia (STE). Esses projetos são considerados essenciais para alunos com dificuldades em sala de aula e ainda a aprendizagem aliada ao avanço tecnológico.
Realizada uma paralisação, como alerta a situação, a prefeitura ainda entrou com uma liminar para impedir o movimento que o Simted entende como legal. Além disso, os profissionais sofreram perseguições devido ao protesto, de acordo com relatos enviados ao Sindicato.
Fora essa tentativa, o atual prefeito, Murilo Zauith, também não cumpriu mais acordos, como a jornada dos professores para incluir 1/3 de hora-atividade. Na pauta ainda estão tentativas de negociações como a abertura das discussões do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), paralisado desde 2009, e que a atual administração prometeu resolver em 2012 e não cumpriu.
Fora essas, a lista tem ainda: o aumento da jornada de trabalho, dos administrativos de 6 horas para 8 horas, decretado pelo prefeito, que dificultou a organização dos trabalhos no interior das escolas; o fechamento do Núcleo Indígena na Secretaria de Educação, responsável pela implementação de políticas educacionais para a educação indígena; a abertura de negociação visando adequação salarial para professores e administrativos, que no decorrer dos anos arcaram com as perdas salariais impostas pela desorganização administrativa que Dourados passou; a inserção definitiva dos servidores administrativos educacionais no PCCR e concursos para docentes, professores (as), coordenadores(as) e administrativo.