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Dourados Quarta-feira, 24 de Abril de 2013, 09:37 - A | A

Quarta-feira, 24 de Abril de 2013, 09h:37 - A | A

Educadores realizam paralisação hoje e greve por tempo indeterminado

Karla Machado - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Os educadores de Dourados, juntamente com vários municípios do Brasil, realizam nesta quarta-feira (24), uma paralisação por várias pautas que são reivindicadas em todo território, como o cumprimento do piso salarial dos professores, a redução da jornada dos educadores para 30h e a profissionalização dos funcionários da educação.

Essa luta Inclui ainda a hora-atividade, que deve representar no mínimo 1/3 da jornada de trabalho, conforme aprovado pelo Supremo Tribunal Federal em 2011. A mobilização é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Em Dourados, no entanto, a pauta é extensa e devido a falta de propostas, a categoria entra em greve por tempo indeterminado a partir de amanhã. Essa semana o Sindicato dos Trabalhadores Municipais em Educação de Dourados (Simted) se reuniu com a prefeitura, mas sem avanços. Segundo informações, o prefeito não apresenta propostas concretas. A tentativa pode ser de enfraquecimento da luta sindical.

Às 7h30, os educadores – professores e administrativos – se concentram em frente ao Fórum e depois saem em passeata. Às 15h eles farão um ato público na praça Antonio João e depois seguem para uma assembleia da Rede Municipal de Ensino, para repasse de informações. As atividades seguem amanhã, quando eles entram em greve, com assembleia às 15h para organização do movimento.

Fora as pautas já citadas, a lista ainda tem reivindicações sobre:

Falta de discussões do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR): é esse plano que define quem faz o que nas escolas, quais as atribuições de cada pessoa e quanto ela deve receber por isso. Está paralisado desde 2009 e a atual administração prometeu resolver em 2012 e não cumpriu.

Falta da redução da jornada de trabalho, dos administrativos de 6h para 8h: pesquisa realizada pela Universidade de Barcelona, concluiu que uma jornada superior a 40 horas semanais causa danos físicos e emocionais irreparáveis nos trabalhadores, como a ansiedade e da depressão e até problemas cardíacos. A qualidade de aula pode cair e atendimento à comunidade escolar também. Antes era de 6h a jornada, porém a prefeitura aumentou para 8h.

Fechamento do Núcleo Indígena na Secretaria de Educação: responsável pela implementação de políticas educacionais para a educação indígena, esse núcleo foi fechado pela prefeitura, mesmo a cidade tendo a maior população indígena do Estado;

Falta de adequação salarial para professores e administrativos: no decorrer dos anos esses profissionais arcaram com as perdas salariais impostas pela desorganização administrativa que Dourados passou. Até hoje não recuperaram as perdas, o que pode causar desmotivação profissional e queda no rendimento das aulas;

Não inserção definitiva dos servidores administrativos educacionais no PCCR: mesmo trabalhando nas escolas esses educadores não são entendidos como tal e lutam pela valorização;

Concursos para docentes, professores (as), coordenadores (as) e administrativo: sem concursos, ficam abertas brechas para irregularidades em contratações e os servidores contratados perdem por não ter uma perspectiva de carreira, sem progressão futura. Os alunos podem perder com trocas constantes de professores.
 

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