O preço do Gás Liquifeito de Petróleo (GLP), o “gás de cozinha”, botijão de 13 quilos, subiu pouco mais de 10% na Grande Dourados. O aumento foi provocado há algumas semanas pelas distribuidoras que estão repassando ao consumidor final, os custos de transporte e da folha de pagamento dos funcionários da categoria.
O produto que antes podia ser encontrado por um preço médio de R$ 45, agora está na casa dos R$ 50 nas principais revendedoras da região. Segundo informou ao Dourados Agora Lucas Linne, gerente de uma empresa local, o valor se manteve estável por quase dois anos, mas foi obrigado a acompanhar a alta dos combustíveis.
“Há muito tempo estávamos segurando o preço para que o consumidor não fosse afetado, mas a situação ficou insustentável e tivemos que aplicar dois reajustes, o primeiro foi referente ao custo de transporte (frete e entregas) e o outro às taxas da companhia, que é anual, conforme as margens de lucro de cada organização. A maior despesa é o transporte. Em nossa empresa, por exemplo, temos vários entregadores que utilizam motos e um caminhão; isso requer muita gasolina e óleo diesel. Outro fator é o salário mínimo que também subiu, provocando mudanças em nossa folha de pagamento”, explicou Linne.
De acordo com o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), senador Clésio Andrade, os gastos com combustíveis representam cerca de 35% do custo total das empresas de transporte de carga rodoviária, o que pode gerar uma bola de neve na economia. Dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2013, apontam que nos primeiros meses do ano o valor subiu 6,6% para a gasolina e 5,4% para o diesel, na refinarias, refletindo em 4% e 3%, respectivamente, no que é cobrado na bomba.