O presidente do diretório municipal do PMDB de Dourados e deputado federal Geraldo Resende, que também é secretário-adjunto do diretório regional do partido, declarou que o vice-presidente licenciado do PMDB douradense, Antonio Nogueira, “presta um desserviço à agremiação, ao fazer declarações que desprestigiam militantes e pré-candidatos preemedebistas às eleições de 2014”.
A reação de Rezende se deu por conta das declarações de Antonio Nogueira, publicadas na coluna “Atenta”, do jornal “O Progresso”, edição da última quarta-feira (18) e resultaram também na reação da vereadora Délia Razuk, que classificou as afirmações como “manobra do Diretório Municipal do PMDB para barrar candidaturas de nomes de Dourados à Assembleia Legislativa em 2014”.
Geraldo Resende disse ser solidário à vereadora Délia Razuk, porém, considera que a reação dela “deve ser endereçada unicamente ao vice-presidente licenciado, que fez declarações pessoais e não expressa o sentimento do partido como um todo”.
Para o parlamentar, ao lançar ou fazer restrições a nomes inclusive para uma eleição que vai acontecer daqui a mais de três anos, como é o caso da futura disputa pela Prefeitura de Dourados, Nogueira demonstra visão estreita ou, no mínimo, falta de traquejo político.
O deputado disse ainda que com suas declarações, Antonio Nogueira aponta para a possibilidade de, mais uma vez, trabalhar contra nomes do PMDB para as próximas disputas eleitorais, como aconteceu na eleição passada, quando o atual vice-presidente licenciado trabalhou fortemente contra a candidatura própria do PMDB para a Prefeitura.
Por outro lado, o presidente do Diretório Municipal afirma que ao invés de falar no nome do atual vice-prefeito Odilon Azambuja para as eleições de 2016, Antonio Nogueira poderia, ao contrário usar sua proximidade com a administração municipal para fortalecer a participação de Odilon nas decisões da atual gestão.
“O Odilon é um homem sério, honrado e o Nogueira poderia ajudar a fortalecer a presença dele para que o PMDB possa implantar, com mais ênfase, sua forma de atuação política, já que o Nogueira foi o grande avalista da coligação que elegeu o prefeito Murilo Zauith”, afirma Geraldo Resende.
Concluindo, Geraldo Resende afirma que se ao contrário, a intenção de Antonio Nogueira não foi a de enfraquecer o PMDB, praticando o chamado “fogo amigo”, mas sim o de ser candidato a deputado estadual em 2014, “Nogueira tem o dever moral de colocar seu nome para a disputa no ano que vem, em cuja campanha ele terá o respeito e o apoio que ele, hoje, nega aos seus companheiros de partido”.