00:00:00 Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024


Dourados Sábado, 20 de Julho de 2013, 08:14 - A | A

Sábado, 20 de Julho de 2013, 08h:14 - A | A

HIV mata dez em Dourados apenas este ano

Lucas Junot - (www.capitalnews.com.br)

Dados do Programa Municipal DST/Aids e Hepatites Virais de Dourados, contabilizam 10 mortes em decorrência de complicações causadas pelo vírus HIV, apenas neste ano.

Durante todo o ano passado, 21 portadores da doença morreram na cidade.

De acordo com a reportagem do site Dourados News, 1.639 pessoas estão cadastradas no programa local e recebem acompanhamento por parte dos agentes de saúde e 163 deles moram em municípios da microrregião da maior cidade do interior do Estado.

Os 394 portadores que estão em estágio mais avançado da doença precisam tomar medicamentos específicos, os chamados ‘coquetéis’. Apenas no primeiro semestre deste ano, foram 29 pacientes. “Realizamos monitoramento nas pessoas cadastradas e observamos se desenvolve [o vírus]. Isso depende de cada um. Muitos possuem o vírus encubado no organismo, enquanto outros descobrem a doença já em estágio avançado”, disse a coordenadora do DST/Aids em Dourados, Berenice de Oliveira Machado Souza.

Entre as pessoas que precisam do tratamento no município estão oito gestantes. Elas são acompanhadas pelo programa e segundo Berenice, a chance do bebê nascer e não desenvolver a doença que ataca o sistema imunológico é de 99%, desde que o procedimento seja realizado de forma correta. Porém, entre os casos diagnosticados em 2013, existe o de uma criança.

“As pessoas precisam se conscientizar do tratamento e levar adiante. Existem pacientes portadores do vírus há 30 anos e tem uma vida normal, basta se cuidar”, comentou. Apesar de eficiente, algumas pessoas falham no momento de tomar os remédios disponibilizados. Por ‘agredir’ o organismo, elas acabam se privando a se medicar apenas em casa.

“Existe um preconceito muito grande entre as pessoas, e os portadores do HIV trabalham, estudam e convivem com muitos grupos sociais. Para não demonstrarem que possuem o vírus, deixam de se medicar no local de trabalho ou no meio em que está inserido e acaba atrapalhando todo o procedimento”, contou Berenice.

O programa também desenvolve um trabalho para ser aplicado junto aos profissionais do sexo, além de distribuição de preservativos, oficinas e simpósios junto à população.
 

Comente esta notícia