O Hospital Universitário de Dourados divulgou nota informando, que o valor de R$ 1,4 milhão liberados pelo Governo Federal será usado para o pagamento de dívidas, que já somam quase R$ 4 milhões devido ao déficit mensal do Hospital.
A informação é da direção que vem administrando com dificuldade e muito ‘malabarismo’ as finanças da Instituição para dar conta de atender, minimamente, a população de Dourados e região. Segundo o diretor geral, professor doutor Wedson Desidério Fernandes, o financiamento gera déficit mensal e se a situação não regularizar, haverá redução de serviços para readequação das finanças.
Desde 2010, a contratualização entre Prefeitura, Estado e União para o HU/UFGD permanece a mesma, hoje baseada em R$ 2 milhões para manutenção dos serviços oferecidos à população. “Sendo que há um custo fixo de R$ 3 milhões/mês para custeio”. O diretor disse que há uma nova proposta de contratualização com valores já corrigidos, no entanto, após três meses de apresentação da proposta e mesmo com a concordância do Município (Secretaria Municipal de Saúde) de que o valor é justo, os contratos ainda não foram firmados.
“Além disso, muitos leitos de UTI do hospital ainda não estão credenciados, o que vem acarretando déficits nas contas. Caso não encontremos solução para os problemas, teremos que reduzir parte dos serviços, como os leitos de UTI, atendimento no ambulatório, nos exames e consultas”, enfatizou.
Em julho, o Ministério da Saúde liberou R$ 1,4 milhão, por meio do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), para o HU/UFGD. Essa é a primeira parcela de 2012 e corresponde a 40% da previsão de recursos para o ano.