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Dourados Quarta-feira, 14 de Janeiro de 2015, 13:24 - A | A

Quarta-feira, 14 de Janeiro de 2015, 13h:24 - A | A

Índios ameaçam fechar MS-156 por atraso na Sesai

Taciane Peres - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Com os salários atrasados, motoristas e administrativos da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) ameaçam fechar a MS-156, rodovia que liga Dourados a Itaporã. O pagamento era para ser feito no quinto dia útil, mas não há previsão de quando os funcionários vão receber. No polo da Sesai em Dourados estão sem receber 15 motoristas e 5 técnicos administrativos. O problema não se restringe ao município, pois parte de funcionários de polos espalhados pelo Estado também não receberam o mês de dezembro.

A Sesai é a área do Ministério da Saúde responsável por coordenar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. Para atender os índios, o órgão terceiriza empresas que são responsáveis pela contratação de funcionários em diferentes serviços como limpeza, vigilante, motoristas, administrativos e saúde (médicos e técnicos em enfermagem).

No estado, de acordo com o site Dourados News, somente a empresa responsável pela contratação de motoristas e técnicos administrativos não recebeu recursos do Ministério da Saúde. Segundo o motorista Ivan Ávila esse problema ocorreu em janeiro do ano passado, culminando com o fechamento da rodovia em fevereiro, quando teve ainda um protesto em geral por melhorias na saúde indígena em Dourados. "E não há data prevista para recebermos, por causa disso suspendemos o trabalho", informou. Os motoristas são responsáveis em transportar pacientes e profissionais da saúde.

O cacique Laucídio Ribeiro, da aldeia Jaguapiru, em Dourados, se solidariza com os funcionários com salários em atraso e promete ajuda para chamar a atenção ao caso. "Vamos esperar até amanhã, se não sair nenhuma resposta iremos convocar a comunidade para fechar a rodovia", avisa. Quando ocorre fechamento da MS-156 somente veículos como ambulância e bombeiros têm permissão para passar. Pedras e galhos são colocados na rodovia para barrar os veículos. Conforme apurou a reportagem junto a Sesai, o problema no pagamento ocorreu no Ministério da Saúde, em Brasília, que ainda não repassou o dinheiro para a empresa. Não há informação sobre quando será efetuado a quitação dos salários em atraso.
 

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