A possibilidade da Fundação Nacional do Índio (Funai) demarcar a área do acampamento Ñu Porã, na Zona Urbana de Dourados, faz aumentar a cada dia o número de índios Kaiowá que procuram o local para montar seus barracos de lona.
É o caso do ajudante-geral Adauto Marcos, de 29 anos, que no final da tarde de ontem batia o martelo em pregos em um emaranhado de retalhos de madeira que estavam se transformando na sua futura casa de lona.
Adauto, também da etnia Kaiowá, disse trabalhar na produção de “grama de placa” e que pretende morar no barraco com sua mulher e os dois filhos pequenos.
Como os demais índios acampados, Adauto acredita que o estudo antropológico que está sendo realizado pela Funai vai provar que a terra é habitação tradicional dos Kaiowá e passível de demarcação. Isso acontecendo, os índios acreditam que poderam viver para sempre no local com seus familiares.