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Dourados Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2014, 18:59 - A | A

Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2014, 18h:59 - A | A

Lar abriga adolescentes em vulnerabilidade em Dourados

Samira Ayub - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Adolescentes de 11 a 18 anos que foram abandonadas ou são vítimas de violência são abrigadas pelo Lar Renascer, em Dourados. A maioria das meninas sofreram abandono, estupro ou agressão física e moral em suas famílias.

De acordo com a prefeitura, o Lar já recebeu 67 adolescentes. O objetivo do Lar Renascer é proporcionar acolhimento provisório e excepcional para adolescentes do sexo feminino, em situação de risco pessoal e social, cujas famílias ou responsáveis que se encontram temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção, informou a coordenadora da entidade, Ana Salete Moraes Libório.

A entidade é mantida pela prefeitura, que paga o aluguel do imóvel, fornece alimentação, cuidadoras, motorista, acesso à saúde, educação, oficinas, cursos e outros benefícios sociais oferecidos no local.

Quanto ao lazer e cultura, a coordenação da entidade faz diversas parcerias para que as meninas tenham acesso a cinema, lanchonetes, sorveterias, espaços culturais, entre outros locais, sempre acompanhadas pelas cuidadoras.

As adolescentes chegam até o Lar Renascer através de medida judiciária determinada pelo juizado de Infância e Adolescência. Normalmente as denúncias são recebidas pelo Conselho Tutelar, que verifica a denúncia e constata a situação de vulnerabilidade. “Aqui é a última instância, quando realmente a Justiça acredita que a menina não pode mais conviver com a família e nos envia por um período pré-determinado de acolhimento”, explica Ana Salete.

No local, além de todo atendimento básico, as adolescentes recebem acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, incluindo assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, entre outros profissionais. Enquanto isso, outra equipe do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) ou Cras (Centro de Referência de Assistência Social) trabalha com a família, para que essa adolescente volte ao convívio.

Em caso de impossibilidade, é procurada uma alternativa, como um parente mais próximo. “Normalmente as adolescentes acabam voltando para as famílias; temos muitos casos de sucesso, de meninas que foram encaminhadas para o abrigo, tiveram todo o acompanhamento multidisciplinar e depois voltaram para suas famílias e hoje estão muito bem”, comenta Ana Salete.

 

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