Desde o início do ano, uma moradora de Dourados já encontrou o quarto escorpião na casa onde vive, ao lado de um terreno baldio, no Jardim Santo André.
A mulher, que preferiu não se identificar, denunciou o fato ao site de notícias local, Dourados News, nessa quarta-feira (6). Segundo ela, o animal foi encontrado também em imóveis de vizinhos.
A moradora conta que a existências dos escorpiões a deixa com medo, principalmente porque mora com crianças. Equipe do Centro de Controle de Zoonoses ( CCZ) recolheram os animais e constataram que eles não eram venenosos.
A coordenadora do centro, Rosana Alexandre da Silva, diz que o procedimento realizado pela moradora é o recomendado pela Secretaria Municipal de Saúde. Ela ainda dá dicas que devem ser seguidas caso alguém seja picado. “A maioria das pessoas picadas ficam com dores e nada mais, salvo os alérgicos. As recomendações são: lavar o local com água e sabão e ir o mais rápidocuidados necessários”, aconselha.
Conforme o site, a coordenadora explica também que o verão é a época mais favorável ao aparecimento desses animais. “O macho sai para buscar alimentos e acasalar com a fêmea, e se na residência houver locais favoráveis para esconderijo, como grama alta, pedras enfeitando o jardim e resto de materiais de construção, eles saem desses locais e entram nas casas”, alerta.
Rosana ressalta que a prevenção contra dengue tem contribuído no controle desses animais peçonhentos, não só escorpiões, mas também aranhas, cobras, ratos e moscas.
Para evitar picadas, conforme Rosana, a população deve adotar práticas no dia a dia, como afastar os móveis das paredes, verificar o lençol antes de deitar, examinar calçados, colocar pano na boca do tanque e objetos que não permitam a passagem de insetos por de baixo da porta. “Também é importante que mantenha bem fechada as fossas e esgotos, e não deixem acumular baratas e grilos nesses locais, usando corretamente inseticidas, porque os escorpiões se alimentam principalmente de baratas”, alerta a coordenadora do CCZ.
Rosana afirma ainda que quanto mais higiene no quintal, mais garantia de não aparecimento das pragas urbanas, por isso estão sendo realizadas fiscalizações em várias casas, mesmo fechadas, “prevalece o coletivo e não o individual, por isso entramos nas casas e terrenos baldios que apresentam risco à população”, enfatizou.
O proprietário da residência ou terreno que for notificado tem o prazo de 10 dias para recorrer ou tomar as providências necessárias. Caso descumpra o exigido, é multado no valor de R$ 500 a R$ 800.