A Vila Olímpica da Reserva Indígena de Dourados amanheceu repleta de índios das três etnias que habitam os 3.500 hectares, quase dentro da zona urbana da cidade.
Pintados “para a paz” os indígenas iniciaram às 08h as comemorações alusivas a Semana do Índio com atividades esportivas, musicais e culturais. A tradicional disputa do “Cabo de Guerra” para os índios mudou para “Cabo da Paz”, uma das provas dos JEIs (Jogos Escolares Indígenas) que marcam a abertura oficial das atividades na Vila Olímpica.
A abertura dos Jogos começou com a presença das delegações participantes enquanto que a tocha olímpica saiu da escola Francisco Meireles, na Missão Caiuá, passou pelas escolas indígenas Agustinho e Lacui Roque, conduzida por 30 estudantes indígenas, representando as culturas terena, guarani e kaiowá.
A escolha da garota dos Jogos Escolares Indígenas é o ponto alto da abertura da Semana e contará com a participação de três candidatas de cada uma das cinco escolas existentes na Reserva Indígena.
As modalidades em disputa durante a semana serão jogos com lança, duatlo (corrida/bicicleta), futebol suíço, futsal, cabo da paz, corrida de 100 metros e luta de solo. Haverá premiação com troféus e medalhas. O evento faz parte da Semana do Índio, previsto na lei municipal 3.447, de 23 de maio de 2011. Paralelo aos jogos, as escolas municipais indígenas vão desenvolver uma série de atividades culturais, visando à comemoração do Dia do Índio. Na Escola Tengatuí Marangatu, por exemplo, os alunos vão apresentar a canção do índio, teatro, dança de rua, declamação de poesias, dança guateka e no dia 20, gincanas, das 7 às 11 horas.

Uma das provas dos Jogos Escolares Indígenas será realizado nesta Vila Olímpica
Foto: Nicanor Coelho/Capital News
Criação do fogo
Os estudantes da Escola Indígena Arapuca da Aldeia Bororó, apresentou uma peça teatral retratando a mitologia das etnias Guarani, Terena e Caiua dando ênfase à lenda da “Criança do Fogo”, conforme informou a professora de Geografia, Alice Rosane Beloto Benites.
O estudante Janderson Ribeiro Gonçalves de 15 anos antes da apresentação era o mais entusiasta da com a encenação e depois de ser pintado pela professora Alice passou a pigmentar os demais participantes da peça.

O estudante Janderson Ribeiro Gonçalves de 15 anos foi pintado pela sua professora Alice
Foto: Nicanor Coelho/Capital News