Em reunião realizada na manhã da última terça-feira (15) pelo Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted) em Dourados, os professores da rede municipal de educação deflagraram greve. As aulas na rede pública estariam previstas para começarem nesta quinta-feira (17). As informações são do portal Dourados News.
Durante a reunião, o principal argumento dado aos professores é de que a atual administração não teria condições de atender ao reajuste.
De acordo com a categoria, o governo já deveria ter concedido 8,32% para o magistério e 6,15% para o administrativo, uma vez que isto passou por negociação coletiva e que a data base era abril. Diante dos fatos, a categoria não tem encontrado motivação para continuar a exercer suas funções e solicita audiência com governo municipal.
A categoria reivindica este valor para uma carga horária de 20 horas, como já se aplica em Campo Grande. A Prefeitura garante que vai haver aulas normais, com o contingente de 30% de professores.
De acordo com a categoria, professores e técnicos administrativos não receberam reajuste salarial e Dourados não tem cumprido com a lei nacional do piso, que garante R$ 1.697 para uma carga horária de 40 horas.
A rede municipal de ensino em Dourados tem 2,9 mil professores. Desses, 1,4 mil são contratados e não concursados, como afirma a prefeitura municipal. Com isso, a Secretaria de Educação espera manter as aulas normais.
A orientação da secretaria é para que os pais levem seus filhos normalmente para as escolas da rede municipal, porque o retorno às aulas estão mantidas, ainda que dentro do regime da Lei de Greve, que impõe a condição de que pelo menos 30% dos servidores mantenham as atividades.
As negociações começaram em abril. A prefeitura propôs reajuste de 8,31% para professores e de 6,15% para funcionários administrativos a partir de julho, mas retroativo a abril, conforme determina a lei. A proposta diz que o reajusta será concedido em três parcelas, junto com o salário já corrigido em julho. Os professores querem o pagamento do piso nacional, o que, conforme a administração municipal, significaria dobrar o valor pago atualmente.