00:00:00 Sexta-feira, 20 de Setembro de 2024


Dourados Terça-feira, 15 de Julho de 2014, 17:22 - A | A

Terça-feira, 15 de Julho de 2014, 17h:22 - A | A

Rede Municipal de Dourados está em greve por tempo indeterminado

Taciane Peres - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Na última reunião realizada ontem (14) entre o Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação e a prefeitura de Dourados, resultou na formatação de um novo ofício por parte do governo municipal, desse modo, a categoria se reuniu nesta terça-feira (15) na sede do sindicato para avaliar e debater a proposta, que não atendeu minimamente a categoria, por isso permanece o estado de greve por tempo indeterminado. Após a assembleia, os trabalhadores em educação se deslocaram para frente do Pavilhão de Eventos da Prefeitura para realização de um ato público.

Estima-se que 27 mil alunos não retornarão para as aulas devido à greve que foi ocasionada pelas indefinições da administração atual do município de Dourados, que por motivos ainda não explicados, está sob intervenção da Lei de Responsabilidade Fiscal. O governo municipal estourou a folha de pagamento devido o alto número de contratações de pessoal, muitas vezes para atender interesses políticos partidários. Cerca de 80% dos professores da rede municipal já estão paralisados, e a meta é chegar a 100% para semana que vem.

Os professores da REME não receberam nenhum reajuste salarial e Dourados não tem cumprido com a lei nacional do piso que garante R$ 1697,00 para uma carga horária de 40 horas. A categoria reivindica uma política municipal de valorização que eleve gradualmente, em quatro anos, este valor para uma carga horária de 20 horas, como já se aplica na capital. O grupo administrativo também não recebeu nenhum reajuste até o presente momento. Para o presidente do Simted de Dourados, João Azevedo, "O governo municipal nos levou ao extremo com sua falta de sensibilidade e planejamento com a educação e com os educadores desta cidade, precisamos de uma atitude urgente para sanar esta situação", diz ele.

O governo já deveria ter concedido 8,32% para o magistério e 6,15% para o administrativo, uma vez que isto passou por negociação coletiva e que a data base era abril. Diante dos fatos, a categoria não tem encontrado motivação para continuar a exercer suas funções e solicita audiência com governo municipal.

Comente esta notícia