O deputado federal Marçal Filho (PMDB) estranhou a votação na convenção do partido na manhã desta sexta-feira (29), quando 42 dos 54 peemedebistas optaram por apoiar a reeleição de Murilo Zauith (PSB) em Dourados. “Poderia até acontecer, mas não com uma diferença dessa. Dos 54 votos, apenas 11 favoráveis? Demonstra que quem defendeu e fez discurso mentiu. Disseram uma coisa e fizeram outra”.
Chateado com a situção, Marçal disse que pensa em deixar o partido e deve se reunir com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), para ver como fica a questão legal, sem que ele perca o mandato com a saída.
“Um partido que toma uma decisão dessa e fica defendendo candidatura própria, tentando ser protagonista e resolve ser coadjuvante... Não é esse o partido que quero. Campo grande teve isso, Três Lagoas e não tem aqui. É um absurdo”.
Marçal Filho não acredita que a decisão tenha tido interferência do governador André Puccinelli. Porém, afirma que não vai apoiar Zauith e incentivará a candidatura da esposa, Keliana Fernandes (PSC). Ele pretende levar consigo os nove partidos que estavam aliados a sua candidatura.
“Não quero participar de algo que não tem alternativa para o eleitor. Uma candidatura na segunda maior do Estado? Não é possível ficar de fora de um debate. Tem que ter duas vozes no mínimo”.
Marçal afirma ainda que já havia uma conversa e deve tentar fechar acordo com o PT no Município. Com a aliança formada, o PMDB deve indicar o vice de Zauith. Entre as opções do PMDB para vice estão: Sebastião Nogueira, Diogo Teotônio de Almeida, Sérgio Henrique Araujo, Laudir Munaretto, Sérgio Ramos, Odilon Azambuja e Antônio Nogueira.