Em setembro, com o fim do inverno e o início da primavera, geralmente, voltam a ocorrer chuvas significativas na região de Dourados. No entanto, em 2012 isto não aconteceu, pois a precipitação registrada foi de apenas 60 mm, 55% da média histórica de 105 mm. Em apenas dois dias ocorreram chuvas com mais de 20 mm: 19 e 25 de setembro.
Considerando que a última chuva expressiva tinha ocorrido em 21 de junho (30 mm), houve uma estiagem de 89 dias em Dourados. Como consequência dessa estiagem, os solos da região permaneceram todo mês de setembro com baixa umidade e altos índices de deficiência hídrica, atingindo 50 mm no final do mês, conforme se observa na figura.
Com base nos registros de algumas estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), percebe-se que em quase toda a região sul de Mato Grosso do Sul as chuvas em setembro também foram inexpressivas: Sete Quedas (27 mm), Itaquirai (36 mm), Ponta Porã (43 mm), Maracaju (45 mm), Rio Brilhante (56 mm), Amambai (60 mm), Sidrolandia (96 mm), Juti (100 mm) , Ivinhema (117 mm) e Campo Grande (122 mm).
Temperatura: Assim como no mês passado, setembro foi muito quente em Dourados. A temperatura média foi 23,8ºC, mais de dois graus superior à média histórica, 21,7°C. A média das máxima, 32,2ºC, foi mais de três graus que a normal (29°C). No entanto, a média das mínimas, 16ºC, foi quase igual à média histórica (15,7°C). Em apenas quatro dias foram registradas temperaturas inferiores a 10ºC, atingindo 6,7°C em 27 de setembro. Em 20 dias a temperatura superou 30°C e em três foi maior que 38°C, atingindo 38,4ºC em 17 de setembro. Deve-se ressaltar que há na série histórica apenas nove registros de máximas diárias superiores a 38°C em setembro.
Umidade do ar: Além da falta de chuva e das altas temperaturas, setembro de 2012 apresentou índices de umidade do ar muito baixos. A umidade relativa média foi 52%, 9% inferior à média do mês, 61%. Chama a atenção que em 21 dias do mês os níveis mínimos de umidade do ar foram inferiores a 30%. Em 6 e 7 de setembro a umidade do ar atingiu níveis inferiores a 12%. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), níveis de umidade do ar inferiores a 30% exigem cuidados, pois podem ser prejudiciais à saúde humana. Os riscos são ainda muito maiores quando os níveis de umidade são inferiores a 12%.(Informações Embrapa)