No Dia Nacional de Luta, os trabalhadores do município de Dourados, a 225 quilômetros da Capital, se reuniram na Praça Antônio João, no centro da cidade, nesta quinta-feira (11). Além das reivindicações trabalhistas, homens e mulheres cobraram melhorias na saúde, educação, transporte, aposentadoria e agricultura.
Segundo informações do Dourados Agora, a manifestação contou com a presença de professores, bancários, servidores dos Correios, da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), do Movimento Nacional em Luta pela Moradia (MNLM), entre outros.
Apesar de muitos trabalhadores optarem em participar da manifestação em Campo Grande, para o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso do Sul, regional Grande Dourados (SEEB/MS), muitos preferiram continuar na cidade. “O povo daqui precisa ouvir nossa voz e entender nossas reivindicações”, afirmou Janes Estigarrabia.
“Todos presentes aqui têm lutas justas. Querem um país melhor, com mais qualidade de vida para a população, mas vale lembrar que cada grupo tem suas exigências específicas. Nós bancários queremos o fim do Projeto de Lei 4330, pois se for aprovado, existe o risco de boa parte da categoria ser demitida para dar espaço aos contratados das empresas terceirizadas. Isso pode caracterizar o fim dos concursos públicos”, observou Estigarrabia.
Entre as principais reivindicações estão o fim do fator previdenciário, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, 10% do orçamento da União para a saúde, valorização dos aposentados, reforma agrária, transporte público de qualidade, suspensão dos Leilões de Petróleo, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o fim do Projeto de Lei 4330, sobre terceirização.
Em Dourados, grande parte das atividades paralisou hoje, como os Correios. Segundo Adriano Firmino Teles, secretário de imprensa e divulgação do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares do Estado (Sintect-MS), 70% dos serviços de entregas postais foram interrompidos nesta quinta-feira.
“Estamos na luta pela realização de mais concursos e a convocação daqueles já aprovados nos processos seletivos, fortalecimento dos Correios como empresa pública e também reforma salarial. Entre os dia 18 e 20, serão realizadas assembleias que vão definir a pauta de nossa campanha salarial que tem início a partir de 1° de agosto. No momento as atividades da empresa foram reduzidas e soube que as maiores cidades do Estado também aderiram à causa”, disse Firmino.