O vereador Elias Ishy (PT) utilizou a tribuna na sessão da Câmara de Vereadores de segunda-feira, para denunciar que a obra da Perimetral Norte, no trecho que liga a MS-156 (saída para Itaporã) a BR 163 (Penitenciária Harry Amorim Costa), teve seu custo elevado em 25%.
Dois anos após a publicação inicial de um contrato de mais de R$ 29,4 milhões, a empreiteira responsável ganhou mais 120 dias de prorrogação e ainda um acréscimo de R$ R$ 7,3 milhões para a pavimentação asfáltica do trecho. Ishy lembrou que apesar de já ser incluído até na publicidade oficial do Governo como obra entregue nas comemorações dos 34 anos do Estado, o serviço ainda não foi totalmente executado.
Na denúncia, Ishy lembrou que foi constatado em vistoria realizada no local que as nascentes que alimentam o córrego Laranja Doce estão sendo canalizadas para dar passagem à rodovia. A menos de cem metros do local existe uma área de sequeiro, onde a rodovia poderia ser construída sem afetar o meio ambiente e com um custo três vezes menor. A construção em área de várzea encarece a obra em até quatro vezes, segundo engenheiros da construção civil.
“Estão retirando a terra da própria perimetral e de outra rodovia que liga Dourados ao distrito de Panambi criando enormes buracos em suas margens acarretando em mais problemas para o município para aterrar esta área. Esta ação pode comprometer permanentemente o córrego laranja Doce, que é um importante curso d’água do município” constatou o produtor da região Luiz Alberto Klein Osório.
“O que estão fazendo é um total desrespeito com o meio ambiente, destruindo a mata ciliar do córrego, aterrando a área de fundo de vale e, além disso, onerando a obra” constata o vereador Elias Ishy, que é presidente da comissão de obras e meio ambiente da Câmara Municipal. O fato foi denunciado na época ao Ministério Público Estadual.