A vereadora de Douradina Lucilene Kerches de Meneses (PMDB) foi ameaçada de morte através de uma mensagem enviada ao seu telefone celular e registrou ocorrência na Delegacia de Polícia do município para seja iniciada uma investigação para descobrir o autor.
Lucilene afirmou ao delegado que no dia 20 de fevereiro recebeu a mensagem em seu celular que dizia que “meu canto já estava preparado no campo santo”. Na última sessão da Câmara Municipal a vereador usou a tribuna para comunicar aos seus pares as ameaças de morte que vem recebendo desde o ano passado.
Segundo a vereadora tudo começou no dia 17 de dezembro do ano passado quando depois de voltar de um jantar por volta das 22h30 num restaurante localizado às margens da BR 163. Ela conta que enquanto seu marido Nal Barroquel ia à frente numa caminhonete seguia atrás com eu veiculo tendo a companhia da amiga Lucicleide.
A vereadora contou ao delegado que naquela data próximo ao trevo que dá acesso a entrada de Douradina o veículo de seu marido foi emparelhado por uma motocicleta que pediu para que ele parasse. Nal parou o veículo por achar que o motoqueiro necessitava de ajuda quando desceu da moto uma pessoa desconhecida do sexo masculino com uma arma em punho e com capacete na cabeça tendo por baixo um capuz de cor branca e a viseira levantada.
Ao se aproximar da caminhonete o motociclista sacou a arma sempre apontando para baixo quando Nal Barroquel arrancou em alta velocidade com o veículo jogando a moto para o barranco da rodovia. Nal mandou que sua esposa não parasse e ambos seguiram para Douradina, porém não foram seguidos pelo motoqueiro.
Somente no dia 20 de fevereiro é que o “motoqueiro misterioso” voltou a entrar em contato com a vereadora através de uma mensagem no celular. Lucilene disse ao delegado Marcelo Batistela Damaceno que teme pela sua vida e de seu esposo e acredita que as ameaças possam ter motivações políticas já que ela pretende concorrer à reeleição e seu marido pretende ser candidato a prefeito ambos pelo PMDB.
A vereadora contou que o PMDB de Douradina tem dois grupos internos. Ela pertence ao grupo EMAS composto por políticos contrários ao atual prefeito Darcy Freire enquanto que o grupo ARARAS está ligado ao prefeito. Ela disse que entre os dois grupos sempre houve disputas por espaços.
Lucilene aproveitou para dizer que “além das ameaças sofridas venho constantemente seno perseguida politicamente, pois sequer posso fazer uma visita a alguma pessoa amiga ou até mesmo, cidadão que depende diretamente do auxilio do município, que pessoas ligadas ao grupo das ARARAS vão ao seu encalço e fazem intimidações a tais pessoas no tangente a algum auxilio que ele possa precisar da prefeitura”.
A vereadora afirmou que as intimidações começaram a partir do momento que ela começou a distribuir um dossiê emitido pela Controladoria Geral da União (CGU) que aponta diversas irregularidades da atual administração municipal”.