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Dourados Segunda-feira, 09 de Abril de 2012, 11:26 - A | A

Segunda-feira, 09 de Abril de 2012, 11h:26 - A | A

Vereadores de Dourados aprovam piso de professores, mas categoria continua insatisfeita

Nicanor Coelho, correspondente em Dourados - (www.capitalnews.com.br)

A Câmara Municipal de Dourados aprovou na manhã desta segunda-feira (9), o piso nacional dos professores mas a categoria continua insatisfeita. A lei foi aprovada numa sessão extraordinária marcada exclusivamente para este fim e que foi acompanhada por centenas de professores.

Com a lei aprovada, Dourados deixa de figurar na lista dos municípios sul-mato-grossenses que ainda não pagavam aos professores o piso nacional. A lista foi elaborada e divulgada recentemente pela FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul).

Conforme a lei os servidores públicos receberam 10,00 %, sendo 3,44% referente à inflação do período, e 6,56% referente à reposição de perdas salariais acumuladas. Os professores também querem os 6,56% dado aos servidores porque os 17,37% dado a eles é simplesmente aquilo que a lei federal determina para atingir o piso salarial nacional de 1.451,00.

O vereador Elias Ishy (PT) logo depois da sessão criticou a forma como a Prefeitura de Dourados desenvolveu as negociações salariais com os educadores do município. “Eu me sinto bastante constrangido de ter que votar um projeto sem ter analisado. É um desrespeito trazer o projeto dessa forma”, afirmou Ishy no início da sessão. Para o vereador, o Executivo municipal não respeitou os profissionais em educação.

“A forma como o Poder Executivo tratou os professores não foi a mais adequada”, ponderou. A opinião do vereador é baseada numa nota de esclarecimento divulgada pelo Simted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) de Dourados. Nela os sindicalistas informam que apesar de o primeiro ofício da categoria ter sido protocolado no dia 8 de fevereiro, somente no dia 12 de março os representantes sindicais foram recebidos pela administração municipal.

Nas semanas seguintes, de acordo com o Simted, a categoria promoveu assembleias para discutir a questão salarial, mas não contou com a atenção da prefeitura. Apenas no dia 3 de abril houve uma contraproposta formal, que foi recusada. Na semana passada os educadores protocolaram junto ao Legislativo um manifesto anunciando uma greve, que teria início nesta terça-feira (10).

Mesmo assim, os sindicalistas decidiram aceitar a contraproposta feita pela prefeitura no dia 4 de abril. Isso porque o prazo para a negociação estava esgotando, dada a proximidade com o período eleitoral. “Foi aceito para não sair sem nada de reajuste”, justifica o presidente do Simted, João Vanderley Azevedo.

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O professor João Vanderlei Azevedo, presidente do Simted de Dourados
Foto: Nicanor Coelho/Capital News

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