Os vereadores de Dourados foram unânimes em seus discursos na sessão solene de reabertura do ano legislativo que vão trabalhar para recuperar o tempo que o município por causas dos casos de corrupção ocorridos na era Artuzi. Trabalhar ainda mais para recuperar o tempo perdido, se empenhar para que o município continue reencontrando os caminhos que levem ao desenvolvimento, com determinação e transparência, e manter sintonia com o executivo no sentido de aprovar os projetos que garantam qualidade de vida para a população. Essa foi a tônica dos discursos dos vereadores de Dourados na sessão solene de abertura dos trabalhos legislativos, na noite de segunda-feira.
Primeiro vereador a falar, Albino Mendes (PR) disse que a tribuna da Câmara é para o debate de ideias, ressalvando que questões políticas e eleitorais devem ser discutidas fora da Casa. Elogiou o desempenho da administração municipal e afirmou que Dourados vive “um progresso vertiginoso”. Afirmando que “todas as coisas são possíveis quando acreditamos em Deus”, o vereador Bebeto (PDT) avaliou que o ano deve ser de muito trabalho, elogiou realizações do executivo e observou que “a vontade do povo deve prevalecer, sempre”.
Cido Medeiros (DEM) considerou que 2011 foi um ano de trabalho árduo e que a graças à persistência foi possível um resultado positivo. Agradeceu ao prefeito pelas solicitações atendidas e cobrou atenção a alguns pleitos não atendidos, reconhecendo, que houve dificuldades em função da situação que assumiu o município.
Délia Razuk (PMDB) assegurou que os vereadores douradenses têm cumprido o papel de propositor de leis e agente fiscalizador. Disse que este ano todos terão os mandatos julgados pelas pessoas que acompanham a política e lembrou o ‘papel decisivo’ que exerceu durante os 4 meses que ocupou interinamente a prefeitura. Elias Ishy (PT) afirmou que o desempenho da gestão pública é que determina se o ano foi positivo. Ele cobrou avanços, principalmente, na área de saúde, falou de investimentos federais e concluiu que a expectativa é de dias melhores para Dourados.
Pedro Pepa (DEM) disse que o vereador tem a responsabilidade de lutar pelo bem coletivo, buscar as melhorias junto ao poder público e reafirmou o compromisso de trabalhar pelos bairros, “porque o que o povo espera de nós é um trabalho de resultado”. Para o líder do prefeito na Câmara, Walter Hora (PPS), a Câmara de Dourados, renovada com nove vereadores no ano passado, passou pelo teste, pois passaram todos os projetos do executivo, “instrumentos para fomentar o progresso e o desenvolvimento”.
Primeiro-secretário da Câmara, Dirceu Longhi disse que seu partido, o PT, é coadjuvante e tem responsabilidade com a administração municipal. Para ele, mudanças na forma de gestão pública possibilitaram um novo tempo para Dourados. Para Gino Ferreira (DEM), vice-presidente, a Câmara tem correspondido às expectativas da sociedade, pensando sempre no futuro da cidade. Defendeu a união da classe política em favor de Dourados e falou que projetos pessoais devem ser deixados de lado.
Encerrando, o presidente Idenor Machado (DEM) disse que os bons resultados colhidos em 2011 são impulso para que 2012 seja um ano mais produtivo. Para ele, os vereadores exerceram na plenitude seu papel de legislador, contribuindo com seu trabalho para a melhoria da qualidade de vida da população. O presidente destacou o diálogo aberto entre os poderes executivo e legislativo, ressaltando que o trabalho em conjunto não é empecilho para que o legislativo exerça seu papel de fiscalizador, com autonomia e independência. “O que prevalece é a relação institucional, que prioriza os interesses maiores de Dourados”, pontuou Idenor. A sessão contou com presença do prefeito Murilo Zauith (PSB), que fez um balanço das ações desenvolvidas desde sua posse, há pouco mais de 11 meses, e anunciou metas para este ano. O prefeito agradeceu a contribuição da Câmara, que tem sido parceira da administração.
O deputado estadual Laerte Tetila (PT) falou em nome da bancada douradense na Assembleia Legislativa e destacou a importância do vereador na sociedade. “A Câmara é escola, uma academia política, legítima representante da sociedade, é aqui que repercute os clamores que vêm dos bairros”, falou o parlamentar petista.