Sem aulas há quase quatro meses por conta da greve de professores e técnicos administrativos, alunos que estariam prestes a concluir seus cursos na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) se preocupam em como a situação será resolvida. Para tentar uma solução, cerca de 30 alunos do último ano de direito entraram com um mandato se segurança com pedido de liminar para garantir o retorno das aulas.
A legação do grupo é de que os alunos estão sendo prejudicados por estarem no último no do curso e muitos deles já receberam propostas de emprego assim que se formarem. “O nosso argumento é que já estamos prejudicados, mas se a greve continuar corremos o risco de colar grau no meio do próximo ano e muitos já realizaram a prova da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] e tem um prazo para poder dar entrada no processo, assim como outros já tem proposta de trabalho e pode acarretar na perda caso a greve não termine logo”, disse ao Dourados News uma estudante de 22 anos que preferiu não se identificar.
O documento foi protocolado na última segunda-feira (21) e requer urgência, mas uma outra greve, desta vez da Justiça Federal, atrapalha os planos dos alunos e só resta aguardar um parecer do Juiz. “Nós entregamos o mandado no início desta semana, mas com a greve da Justiça Federal, temos que aguardar, já que o juiz é que vai analisar o caso. A liminar é um pedido de urgência, mas a tendência é que demore um pouco por conta da greve”, lamenta a jovem.
Greve continua
De acordo com o comando de greve dos professores, não há previsão para que as aulas retornem, já que não houve avanço nas negociações entre a categoria e o governo. “Durante a assembleia que realizamos semanalmente, na quarta feira, decidimos que a greve vai continuar. Teve uma reunião ontem, em Brasília, mas sem avanço nas negociações, então continua como está”, informou o professor Fábio Perboni.
Uma nova reunião da categoria com o Ministério de Educação juntamente com o do planejamento orçamental e gestão aconteceu nesta quinta (24), mas detalhes desta devem chegar aos professores durante essa sexta-feira e uma manifestação na reitoria da Universidade está prevista para a próxima segunda. “Como irá completar quatro meses de greve, vamos fazer uma movimentação a partir das 8h. Vamos convidar os técnicos administrativos que também estão paralisados as atividades para participar, mas como disse a greve continua”, completa.