Assecom
Pacientes que foram para Rondônia estavam internados na UPA, em Dourados
A cidade de Dourados está na primeira semana de medidas restritivas mais severas para tentar conter o avanço da covid-19 e a fila por um leito de UTI ainda é alta, com déficit de 46. Para baixar essa espera, pacientes estão, nesta sexta-feira (4), sendo transferidos para outros estados em busca de melhor atendimento. Oito pessoas estão sendo levadas para Campo Grande de onde, em vôo da FAB, serão transportados para Porto Velho, em Rondônia, onde foram disponibilizados leitos de UTI através de acordo entre os governos estaduais.
O transporte de Dourados até a Capital está sendo feito por ambulâncias do município, tripuladas com médico e enfermeiro, do tipo UTI móvel, com recursos para manter o paciente estável. Segundo informações da Central de Regulação Municipal, os pacientes têm entre 29 e 79 anos e foram escolhidos seguindo critérios médicos e parâmetros estabelecidos pela regulação, pois precisam ter condições de suportar, sem riscos, uma viagem aérea. Todos são de Dourados, estavam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e são pessoas, que segundo os médicos, têm melhor prognóstico de recuperação da Covid, entretanto, precisam de um leito semi-intensivo.
A previsão para que o vôo decole de Campo Grande para Poto Velho é 13h. Para que a transferência se concretizasse foi necessária a autorização dos familiares e dos pacientes. Segundo a diretora técnica da Funsaud, Angela Marin, a justificativa para a transferência é a “garantia da saúde do paciente, bem como, vazão do fluxo de pacientes na fila de espera de leitos hospitalares para atendimento Covid”.
Mais um recorde
Essa medida chega no pior momento de Dourados na pandemia. No boletim desta quinta-feira (3) divulgado pelo Comitê de Gerenciamento de Crise do Coronavírus, foram apontados 316 novos casos, batendo os números do último fim de semana, com 306 no sábado e outros 312 no domingo. O município soma agora 2.777 casos positivos sendo monitorados, sendo que 174 estão internados, entre enfermarias e leitos de UTI.