Ter participado do assassinato de um homem há três anos pode ter sido o motivo do estupro coletivo sofrido por uma mulher de 19 anos na aldeia Bororó, Reserva Indígena de Dourados, no último fim de semana. Pelo menos essa é a teoria a ser seguida pela Polícia Cívil que investiga o caso. Lindalva Valdez, que está foragida e seria parente do homem morto em 2012, é apontada como a contratante dos homens que cometeram o crime e teriam recebido R$ 80 pelo ato.
Pelo crime cometido, a vítima já teria cumprido medida socioeducativa juntamente com outra mulher que também teria participado na época do assassinato e segundo a delegada Rozeli Dolor Galego Não há dúvida de que isso teria motivado a vingança. “Sabemos que foi isso [homicídio] que motivou, mas, a identidade do homem ainda está sendo levantada para que chegamos à todas as provas”, disse. Para a delegada, o homem morto seria muito próximo à Lindalva, tio ou pai, por isso o revide agora.
O caso
Um grupo de cinco homens abordaram uma jovem de 19 anos na saída de uma festa na aldeia Bororó e a violentaram. Detidos, eles disseram que cometeram o crime a mando de uma mulher de 40 anos, identificada depois como Lindalva, que está foragida. De acordo com o grupo, eles receberam R$ 80 para executar o crime que seria uma vingança.
Pelo crime, foram presos Edemil Arce Isnarde, 26, o ‘Zéri’, Oimando Arce Isnarde, 20, conhecido como ‘Caimando’, Aufifo Arce Isnarde, 23 e um adolescente de 12 anos, além do tio deles, de 15 anos, que foi contatado e recebeu o dinheiro. Durante o abuso, a jovem desmaiou e foi encontrada por populares que acionaram o socorro, sendo levada para o Hospital Universitário, onde segue internada.