Morte da indigena de etnia Kaiowá Raissa da Silva Cabreiara, 11 anos, nesta segunda-feira (9), teve a participação de seu tio de 34 anos, que viu o momento que a jovem era abusada pelos outros quatro envolvidos, sendo três adolescentes e um adulto de 20 anos, e se juntou a eles, conforme o delegado do Setor de Investigações Gerais (SIG), Erasmo Cubas, nesta terça-feira (10). O delegado ainda relatou que a perícia apontou que a menina estava viva quando foi arremessada e tentou se segurar nas pedras, ocasionando fratura nos braços.
O tio da menina também é acusado de estuprar Raissa desde os cinco anos. Na tarde de segunda-feira, o acusado chegou a comparecer na delegacia fingindo se preocupar com o caso, mas a polícia descobriu a sua participação no crime. A adolescente foi violentada de todas as formas e, segundo a perícia, apresenta lesões no ânus e na vagina.
De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos combinaram de levar a adolescente para o local dos fatos para abusarem dela. Os dois adolescentes arrastaram a vítima de sua residência, onde ela fazia uso de bebida alcoólica com eles e a levaram para próximo do penhasco.
No local eles a obrigaram a ingerir pinga pura e depois passaram a abusar sexualmente dela por diversas vezes. Segundo eles, a todo momento a vítima gritava e pedia socorro e acabou desmaiando. Durante o crime, o tio da vítima chegou ao local e também participou. Quando a vítima começou a recobrar a consciência, voltou a pedir socorro e disse que ia denunciar os autores e por isso eles decidiram jogá-la do penhasco para não serem descobertos.
Todos os suspeitos confessaram o crime, tendo sido presos e apreendidos pelos crimes de homicídio qualificado, feminicídio e estupro de vulnerável.
Entenda o caso
Raissa foi encontrada morta nesta segunda-feira (9) em uma pedreira desativada localizada na Aldeia Bororó, Reserva Indígena Federal de Dourados. Sete pessoas foram ouvidas sobre a morte, nesta segunda-feira (9), sendo três adolescentes apreendidos e dois adultos presos.