00:00:00 Segunda-feira, 07 de Outubro de 2024


Polícia Segunda-feira, 10 de Abril de 2023, 18:35 - A | A

Segunda-feira, 10 de Abril de 2023, 18h:35 - A | A

Confronto

Ex-candidato ao Governo está entre indígenas presos por invadir área de incorporadora

Grupo alega que território aguarda demarcação pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas

Rogério Vidmantas
Capital News

Cimi Regional Mato Grosso do Sul

Indígenas Dourados

Retomada Yvu Vera, no entorno da reserva de Dourados, teve dez indígenas presos em operação policial

O ex-candidato ao governo do Estado pelo PCO (Partido da Causa Operária), Magno de Souza, está entre os indígenas das etnias Guarani e Kaiowá que foram presos no fim de semana em Dourados por terem invadido um terreno onde está sendo construído um condomínio de luxo. Nas eleições de outubro, Magno teve 2.892 votos, ou 0,20%, no primeiro turno.

Divulgação

Candidato ao governo do estado tem candidatura indeferida

Magno Souza (PCO)

 

Na última quinta-feira (6), aproximadamente 20 indígenas ocuparam uma área que a empreiteira Corpal planeja construir um condomínio de luxo e que, segundo eles, seria território que aguarda a demarcação pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

 

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a área teria sido comprada recentemente pela Corpal, e se sobrepõe ao território chamado pelos indígenas de tekoha Yvu Vera, contíguo à Reserva de Dourados, de onde vieram as famílias acampadas.

 

Justiça Federal

No sábado (8), o Batalhão de Choque e a Força Tática da Polícia Militar foram acionados e dez pessoas foram detidas, sendo uma delas liberada em seguida por não estar envolvida na ocupação. 

 

Conforme relatado pela própria PM à Polícia Civil, um grupo de 20 pessoas “estariam [sic] adentrando propriedade privada”, e por isso, o Choque foi enviado à cidade – “por ordem do Secretário de Justiça e Segurança Pública”. A polícia ainda acusou os indígenas de se recusarem a dialogar com a corporação.

 

Durante a audiência de custódia, o juiz entendeu que a competência para analisar o caso era da Justiça Federal. “No momento aguardamos a remessa dos autos do processo à justiça federal de Dourados para fazer o pedido de liberdade em prol dos indígenas”, explicou a defensora pública da união, Daniele Osório.

Comente esta notícia