A justiça manteve preso o pai do bebê de um ano, morto no dia 16 de agosto, em uma residência na região da Cabeceira Alegre em Dourados. A defesa do homem de 25 anos entrou com pedido de liberdade depois da madrasta mudar o depoimento e confessar que pisou nas costelas do menino que teve ruptura do fígado.
Para o juiz da 3ª Vara Criminal de Dourados, Cezar de Souza Lima, mesmo com a indicação de autoria da companheira, o homem não explicou as lesões antigas no menino, motivo esse que foi indiciado pela Polícia por maus tratos.
Já os advogados alegam que o novo depoimento da madrasta reforça que o cliente “não estava na residência no momento da morte da criança e ficou desesperado quando soube dos fatos”.
O pai segue com a prisão preventiva determinada em audiência de custódia realizada no dia seguinte do crime.
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O caso
No dia 16 deste mês, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para atender um bebê que estava passando mal e ao chegar na residência encontrou o mesmo sem vida. A equipe avisou a polícia devido as lesões encontradas no corpo do menino.
Em primeira versão, a madrasta disse que o bebê se engasgou e as lesões foram na tentativa de reanimar. Já o pai disse que estava no trabalho e deixou a criança bem ao sair de casa. Horas depois, o laudo médico descartou morte natural e apontou para lesões motivadas por agressões. Além disso, o menino apresentava lesões antigas. Com essas informações, a polícia determinou a prisão preventiva do casal e no dia seguinte a justiça converteu em preventiva.
Na semana passada, a madrasta mudou o depoimento e deu detalhes do dia do crime. Ela confessou que apertou o abdômen do menino com força por ele não parar de chorar devido a cólicas e que pisou nas costelas dele sem a intenção de matar. Revelou também que o marido não estava em casa no momento da morte.
Com a nova versão, a polícia concluiu o inquérito indiciando a mulher por maus tratos e homicídio qualificado. Já o homem foi indiciado por maus tratos.