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Polícia Terça-feira, 28 de Agosto de 2018, 11:51 - A | A

Terça-feira, 28 de Agosto de 2018, 11h:51 - A | A

JUSTIÇA

Justiça nega liberdade e pai de bebê morto segue preso

Mesmo com confissão da madrasta, juiz se baseia em lesões antigas do menino para negar o pedido

Renato Giansante
De Dourados para o Capital News

Facebook/Reprodução

Justiça nega liberdade e pai de bebê morto segue preso

Menino teria sido assassinado pela madrasta em Dourados neste mês

 

A justiça manteve preso o pai do bebê de um ano, morto no dia 16 de agosto, em uma residência na região da Cabeceira Alegre em Dourados. A defesa do homem de 25 anos entrou com pedido de liberdade depois da madrasta mudar o depoimento e confessar que pisou nas costelas do menino que teve ruptura do fígado.

 

Para o juiz da 3ª Vara Criminal de Dourados, Cezar de Souza Lima, mesmo com a indicação de autoria da companheira, o homem não explicou as lesões antigas no menino, motivo esse que foi indiciado pela Polícia por maus tratos.

 

Já os advogados alegam que o novo depoimento da madrasta reforça que o cliente “não estava na residência no momento da morte da criança e ficou desesperado quando soube dos fatos”.

 

O pai segue com a prisão preventiva determinada em audiência de custódia realizada no dia seguinte do crime.

 

O caso

No dia 16 deste mês, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para atender um bebê que estava passando mal e ao chegar na residência encontrou o mesmo sem vida. A equipe avisou a polícia devido as lesões encontradas no corpo do menino.

 

Em primeira versão, a madrasta disse que o bebê se engasgou e as lesões foram na tentativa de reanimar. Já o pai disse que estava no trabalho e deixou a criança bem ao sair de casa. Horas depois, o laudo médico descartou morte natural e apontou para lesões motivadas por agressões. Além disso, o menino apresentava lesões antigas. Com essas informações, a polícia determinou a prisão preventiva do casal e no dia seguinte a justiça converteu em preventiva.

 

Na semana passada, a madrasta mudou o depoimento e deu detalhes do dia do crime. Ela confessou que apertou o abdômen do menino com força por ele não parar de chorar devido a cólicas e que pisou nas costelas dele sem a intenção de matar. Revelou também que o marido não estava em casa no momento da morte.

 

Com a nova versão, a polícia concluiu o inquérito indiciando a mulher por maus tratos e homicídio qualificado. Já o homem foi indiciado por maus tratos.

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