Thiago Morais/CMD

Júnior Rodrigues foi apontado por um suposto crime de responsabilidade político-administrativo com “troca de favores”
A Câmara de Dourados recebeu na semana passada a denúncia de um suposto crime de responsabilidade político-administrativo por parte do ex-líder da prefeitura na Casa de Leis, Junior Rodrigues (PR). A ação será analisada nesta segunda-feira pelos vereadores durante a sessão solene.
De acordo com a assessoria da Câmara, a denunciante foi a advogada e ex-vereadora Virgínia Marta Magrini e após analisada pela Mesa Diretora, teve o despacho da presidência da Casa e foi acatado de acordo com os requisitos do artigo 5º, II, do Decreto-Lei 201/67.
O vereador é apontado na denúncia ligado a empresa Batalinee Gomes Ltda-ME na prestação de serviços de lavanderia junto a Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados), que administra o Hospital da Vida e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento). De acordo com o documento, para a denunciante, ‘há fortes indícios de que exista uma verdadeira troca de favores neste relacionamento entre a atual gestora e seu líder na Câmara até dezembro de 2018’.
Ainda segundo a denúncia, houve duas dispensas de licitação [números 88/2017 e 003/2018] e um pregão presencial número 002/2018 com valores que superam R$ 450 mil, juntos, e que para a denunciante, dão indícios de superfaturamento.
O site Dourados News relatou que, conforme a Controladoria, se apresentam como integrantes da empresa contratada pela Funsaud, dois ex-servidores lotados no gabinete do parlamentar e outra pessoa que trabalhou na campanha eleitoral de Júnior Rodrigues.
Caso seja acatado o recebimento, pelo voto da maioria dos vereadores, será constituída a Comissão processante, com três vereadores sorteados entre os desimpedidos, os quais elegerão, desde logo, o presidente e o relator para tramitação do requerimento.