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Política Quarta-feira, 17 de Junho de 2015, 08:03 - A | A

Quarta-feira, 17 de Junho de 2015, 08h:03 - A | A

Assédio

Câmara de Dourados começa analisar caso de assédio nesta quarta

ntegrantes da Comissão de Ética da casa se reúnem com departamento jurídico para discutirem o caso antes de ouvir envolvidos e testemunhas

Rogério Vidmantas
De Dourados para o Capital News

Clezer Gomes/Agora News

Câmara de Dourados começa analisar caso de assédio nesta quarta

Vereadores se reúnem hoje à noite para decidir futuro do caso de assédio

A primeira reunião da Comissão de Ética da Câmara de Dourados para analisar o caso de suposto assédio envolvendo os vereadores Virgínia Magrini (PP) e Maurício Lemes (PSB) acontece já nesta quarta-feira (17) na Casa de Leis. O caso chegou à Comissão após o pedido da vereadora para que o caso fosse apurado ter sido aprovado pelos outros colegas na sessão da última segunda-feira (15).

 

De acordo com o presidente da Comissão, vereador Marcelo Mourão (PSD), o objetivo desse primeiro encontro é tomar conhecimento do teor do documento encaminhado pela mesa diretora. “Essa reunião foi marcada para que nós da comissão pudéssemos analisar o documento encaminhado pelo presidente da Câmara e assim dar início ao processo.

Clezer Gomes/Agora News

Câmara de Dourados começa analisar caso de assédio nesta quarta

Marcelo Mourão afirma que a conclusão do caso deve sair em noventa dias


Depois de nos inteirarmos do fato, iremos ouvir as partes envolvidas e testemunhas”, detalha. 
Ainda segundo o vereador, qualquer tentativa de antecipar que tipo de punição pode sofrer Maurício Lemes seria prematura. “Vamos tomar todas as medidas para que o caso seja tratado da forma mais séria possível. Não tem como dizer o que vai acontecer tudo será analisado de acordo com regimento interno e o código de ética. Precisamos ver onde o fato se enquadra, pode haver outras penalidades, como advertência, mas nada certo ainda”, explicou.


Além de Mourão, a Comissão de Ética é composta pelos vereadores Juarez Oliveira (PSB) e Ramão Cirilo (PTC), este último estaria próximo à Virgínia no momento da “brincadeira mal interpretada”, como chamou Maurício nas poucas vezes em que falou sobre o assunto. Na reunião também estarão representantes do departamento jurídico da Câmara que deve auxiliar a Comissão no caso.
“Vamos relatar o processo, colher todas as provas, ouvir os envolvidos descrever todo o fato. Depois o relatório será encaminhado ao presidente da casa, e quem vai decidir é o colegiado”. Segundo ele, o prazo para que se tenha um veredicto é de 90 dias. 


O caso


No dia 8 de junho, durante uma sessão ordinária na Câmara de Dourados, os vereadores presentes participam de homenagens quando Virgínia Magrini afirma que Maurício Lemes teria passado a mão em suas nádegas, o que é negado por Maurício, que diz ter apenas tocado em suas costas, acima do local apontado por Virgínia. 

Clezer Gomes/Agora News

Câmara de Dourados começa analisar caso de assédio nesta quarta

Maurício Lemes terá que explicar “brincadeira” na Comissão de Ética da


Apesar do pedido de desculpas pela “brincadeira” feito por Maurício, a vereadora resolveu levar o caso adiante e, na mesma noite, informou o vereador Idenor Machado, presidente da casa, do ocorrido. No dia seguinte, Virgínia se dirigiu a uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher onde relatou o caso e registrou um Boletim de Ocorrência contra o colega. 


Na sessão ordinária desta segunda-feira, Virgínia deu a sua versão dos fatos e solicitou que o caso siga na Comissão de Ética, o que foi acatado pelos vereadores presentes. Dos 19, 15 votaram a favor, dois não estavam presentes – Nelson Sudário e Délia Razuk – e os últimos dois estavam impedidos de votar pelas regras da casa, o próprio Maurício Lemes e o presidente, Idenor Machado.

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