Clezer Gomes/Agora News
Vereadores se reúnem hoje à noite para decidir futuro do caso de assédio
A primeira reunião da Comissão de Ética da Câmara de Dourados para analisar o caso de suposto assédio envolvendo os vereadores Virgínia Magrini (PP) e Maurício Lemes (PSB) acontece já nesta quarta-feira (17) na Casa de Leis. O caso chegou à Comissão após o pedido da vereadora para que o caso fosse apurado ter sido aprovado pelos outros colegas na sessão da última segunda-feira (15).
De acordo com o presidente da Comissão, vereador Marcelo Mourão (PSD), o objetivo desse primeiro encontro é tomar conhecimento do teor do documento encaminhado pela mesa diretora. “Essa reunião foi marcada para que nós da comissão pudéssemos analisar o documento encaminhado pelo presidente da Câmara e assim dar início ao processo.
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Marcelo Mourão afirma que a conclusão do caso deve sair em noventa dias
Depois de nos inteirarmos do fato, iremos ouvir as partes envolvidas e testemunhas”, detalha.
Ainda segundo o vereador, qualquer tentativa de antecipar que tipo de punição pode sofrer Maurício Lemes seria prematura. “Vamos tomar todas as medidas para que o caso seja tratado da forma mais séria possível. Não tem como dizer o que vai acontecer tudo será analisado de acordo com regimento interno e o código de ética. Precisamos ver onde o fato se enquadra, pode haver outras penalidades, como advertência, mas nada certo ainda”, explicou.
Além de Mourão, a Comissão de Ética é composta pelos vereadores Juarez Oliveira (PSB) e Ramão Cirilo (PTC), este último estaria próximo à Virgínia no momento da “brincadeira mal interpretada”, como chamou Maurício nas poucas vezes em que falou sobre o assunto. Na reunião também estarão representantes do departamento jurídico da Câmara que deve auxiliar a Comissão no caso.
“Vamos relatar o processo, colher todas as provas, ouvir os envolvidos descrever todo o fato. Depois o relatório será encaminhado ao presidente da casa, e quem vai decidir é o colegiado”. Segundo ele, o prazo para que se tenha um veredicto é de 90 dias.
O caso
No dia 8 de junho, durante uma sessão ordinária na Câmara de Dourados, os vereadores presentes participam de homenagens quando Virgínia Magrini afirma que Maurício Lemes teria passado a mão em suas nádegas, o que é negado por Maurício, que diz ter apenas tocado em suas costas, acima do local apontado por Virgínia.
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Maurício Lemes terá que explicar “brincadeira” na Comissão de Ética da
Apesar do pedido de desculpas pela “brincadeira” feito por Maurício, a vereadora resolveu levar o caso adiante e, na mesma noite, informou o vereador Idenor Machado, presidente da casa, do ocorrido. No dia seguinte, Virgínia se dirigiu a uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher onde relatou o caso e registrou um Boletim de Ocorrência contra o colega.
Na sessão ordinária desta segunda-feira, Virgínia deu a sua versão dos fatos e solicitou que o caso siga na Comissão de Ética, o que foi acatado pelos vereadores presentes. Dos 19, 15 votaram a favor, dois não estavam presentes – Nelson Sudário e Délia Razuk – e os últimos dois estavam impedidos de votar pelas regras da casa, o próprio Maurício Lemes e o presidente, Idenor Machado.